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O ChatGPT é um aplicativo de inteligência artificial que tem potencial para transformar a criação de conteúdo online. Esse e outros produtos de tecnologia generativa foram criados pela OpenAI, empresa que recebeu financiamento de outros players do setor tech.
O nome OpenAI vem da junção das palavras “Open” (aberto, em português) e AI (inteligência artificial, também traduzido). Com isso, a marca remete a um protocolo de tecnologia aberta, que pode ser explorada e até melhorada por outros usuários.
Fundada em 2015, a OpenAI foi concebida por dois empreendedores da área de tecnologia: o atual CEO, Sam Altman, e o bilionário Elon Musk (que deixou o comando em 2018). A ideia era desenvolver um projeto livre e seguro, inicialmente para videogames e aplicações parecidas.
No ano seguinte à criação da companhia, a empresa lançou seu primeiro produto no mercado. Chamada de OpenAI Gym and Universe, a tecnologia funcionava como uma plataforma de testes para treinar outros programas de IA.
Nos anos posteriores, o foco se concentrou na pesquisa e desenvolvimento de produtos mais amplos. Neste período, a empresa publicou artigos científicos que explicam didaticamente como funcionavam os serviços de inteligência artificial.
O ápice da OpenAI se deu no fim do ano passado, quando o ChatGPT chegou ao público geral, mostrando o poder computacional que um produto como esse pode ter. O serviço ganhou notoriedade por responder perguntas complexas, redigir textos personalizados e até criar novos poemas aos usuários. Tudo isso, inicialmente, sem custo.
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Tem muita gente de olho
Graças às inovações que a OpenAI tem apresentado ao mercado de tecnologia, a procura pelo serviço tem crescido e a empresa encheu o caixa. Além de já ter recebido investimentos de fundos conhecidos mundialmente, como Sequoia Capital e Tiger Global, algumas companhias de tecnologia trabalham para criar ou ampliar posição na marca.
Só a Microsoft destinou, recentemente, cerca de US$ 10 bilhões na marca desenvolvedora do ChatGPT. A gigante da tecnologia já integrou o sistema ao seu buscador Bing, como uma forma de torná-lo mais atraente aos olhos dos internautas em detrimento ao rival Google.
Em janeiro, investidores disseram que o valor de mercado da OpenAI está em cerca de US$ 29 bilhões, relatou o diário estadunidense The Wall Street Journal. No entanto, essa avaliação pode aumentar ainda mais, já que a startup negocia uma venda de mais de US$ 300 milhões em ações, e já tem duas candidatas na fila, Thrive Capiral e Founders Fund.
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Como a OpenAI ganha dinheiro
Uma dúvida muito frequente em relação ao modelo de negócio das empresas que têm produtos de código aberto é sobre o faturamento. Isso porque, teoricamente, seus produtos são gratuitos, já que eles podem ser explorados -e também otimizados- por outras marcas.
No caso da OpenAI, sua principal fonte de recursos é o licenciamento dos seus serviços para outras. Já existem diversos serviços que incorporam essa inteligência artificial por meio de API, e pagam por isso. O cálculo da fatura é feito a partir do número de palavras que o sistema usa para ler e responder uma demanda, também conhecidos como tokens.
Um desses serviços é o ZapGPT, que levou o software para o WhatsApp, o aplicativo de troca de mensagens mais usado no Brasil. A EnablersDAO tem uma base de assinantes e repassa parte do faturamento à OpenAI, de acordo com a quantidade de vezes e a complexidade das demandas que os clientes fazem com a API do ChatGPT.
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Além disso, a empresa lançou, no mês passado, uma assinatura do ChatGPT para pessoas físicas, com diversas melhorias em relação à gratuita. Por US$ 20 ao mês (cerca de R$ 100), os assinantes têm preferência nas respostas e em futuras atualizações do sistema, e também podem usar o serviço de forma ilimitada profissionalmente, caso deseje. Ainda não já dados do número de pagantes.
Principais serviços
O ChatGPT não é o único produto lançado pela OpenAI. Atualmente, o portfólio da marca conta com outros dois produtos:
ChatGPT: lançado em novembro de 2022, serviço que interage com usuários como uma janela de conversas. Por meio do modelo de linguagem computacional GPT-3, ele é capaz de criar textos com uma performance que imita a de um ser humano, porém com mais agilidade. Contudo, nem sempre as respostas são confiáveis e, em alguns casos, o próprio sistema orienta a busca por outras fontes para esclarecer questões.
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Dall-E: outro produto da OpenAI -e que também desfrutou de certa popularidade- cria figuras e imagens visuais a partir de uma descrição do usuário. Em operação desde julho do ano passado, o algoritmo consegue mesclar fotos, padrões de pintura e até estilos artísticos em um mesmo quadro.
A versão disponível hoje é uma evolução da lançada em janeiro de 2021, contando com desenhos mais realistas e que chegam a ter uma resolução 4 vezes mais alta.
Whisper: esse foi criado para o reconhecimento automático da fala, função conhecida como ASR, na sigla em inglês. Treinado com 680 mil horas de dados sonoros, ele faz a transcrição de áudios em vários idiomas, além da tradução do e para o inglês.
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O diferencial deste app é a capacidade de entender os diferentes sotaques e do tratamento que dá para ruídos sonoros. Para funcionar desta forma, o sistema corta um arquivo de áudio em pequenos fragmentos, converte e, por fim, os codifica, criando uma legenda apropriada para o som.