Oi chega a disparar 23%; PT inicia assembleia sobre venda de ativos

Depois de adiada por dez dias, ocorre nesta tarde a assembleia que decidirá sobre a venda dos ativos portugueses da companhia à Altice

Paula Barra

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SÃO PAULO – Os acionistas da Portugal Telecom SGPS decidirão hoje sobre a venda dos ativos portugueses da Oi (OIBR4) para a francesa Altice por 7,4 bilhões de euros. A assembleia, que é bastante aguardada pelo mercado, teve início por volta das 13h20 (horário de Brasília). Investidores apostam na venda dos ativos, o que fez as ações da brasileira atingirem alta de 23% na máxima do pregão desta quinta-feira (22). Às 13h27 (horário de Brasília), os papéis ordinários da Oi subiam 11,47%, a R$ 6,51, enquanto os preferenciais saltavam 13,01%, a R$ 6,28. Lá fora, as ações da PT SGPS registravam alta de 19,09%, a 0,761 euro, na Bolsa de Lisboa.

Depois de adiada por dez dias, ocorre nesta tarde a assembleia. O encontro havia sido adiado em 12 de janeiro por não terem sido divulgados a tempo os pareceres jurídicos sobre as consequências da venda e de uma eventual anulação da fusão entre a Oi e a PT Portugal, dona de ativos operacionais incorporados em maio pela brasileira.

Para a Oi, a venda dos ativos é extremamente importante pois ajudaria a reduzir seu enorme endividamento, além de abrir espaço para que a empresa participe do processo de consolidação do setor de telecomunicação no Brasil, comentou a Guide Investimentos. Com a venda, a companhia ganharia capacidade de investimento para participar da compra da TIM Brasil (TIMP3), movimento que vinha sendo bastante comentado no final de 2014. ou até uma fusão com a companhia. Por isso, que um possível novo adiamento da assembleia pode fazer com que as ações da companhia apresentem forte queda hoje, enquanto uma possível aprovação deve fazer os papéis andarem ainda mais, comentou a XP Investimentos.

Segundo informações do Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado, o presidente do STPT (Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom), Jorge Félix, disse que a entidade iria apresentar um novo pedido de suspensão da assembleia, defendendo que sejam apresentadas mais informações sobre o negócio. Félix quer que uma nova assembleia inclua na votação um “ponto relativo à resolução da fusão com a Oi”. Para a XP, a volta da fusão seria difícil neste momento. “Não acreditamos que isso ocorrerá. A probabilidade é muito baixa de ocorrer”, disse.