SÃO PAULO — A receita operacional líquida da Irani (RANI3) cresceu 17% no primeiro trimestre de 2020 sobre o mesmo período do ano passado, totalizando R$ 236,3 milhões. Já o lucro líquido passou de R$ 242 mil nos três primeiros meses de 2019 para R$ 18 milhões entre janeiro e março deste ano.
“O primeiro trimestre para nós acabou sendo muito bom. Os resultados vieram melhores do que o esperado”, disse Sérgio Ribas, CEO da Irani, em live do InfoMoney realizada nesta quinta-feira (7). “Foi bom tanto em volume de vendas, repasses de preços, em função de o mercado ter entrado bem aquecido este ano, e também em função da conclusão de parte daquelas operações que tínhamos de vendas de ativos.”
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia atingiu R$ 52,2 milhões nos três primeiros meses deste ano, alta de 3,4% sobre o valor registrado um ano antes. “Só não foi melhor porque nós tivemos uma geração de caixa um pouco menor no negócio de resinas”, explicou o CEO.
“Temos hoje uma governança adaptada para este momento de crise. Nos reunimos todos os dias para avaliar as nossas condições operacionais e o combate ao coronavírus. Todas as nossas operações estão normais até aqui. Estamos produzindo papel tanto para exportação quanto para o mercado interno, as plantas de embalagens estão bem ocupadas neste período, surpreendentemente com números acima do nosso orçamento”, afirmou Ribas.
Odivan Cargnin, CFO da companhia, enfatizou que a dívida da empresa caiu R$ 21 milhões de um trimestre para o outro e que a companhia tem uma política de manter caixa de R$ 100 milhões para garantir liquidez e enfrentar períodos adversos. “O caixa ficou ligeiramente abaixo disso no primeiro trimestre. O endividamento líquido ficou em 719,2 milhões. Nós procuramos manter nossa política sempre”, disse.
Os três grandes projetos para o futuro da empresa, segundo Ribas, são a caldeira de recuperação, a ampliação da unidade de Santa Catarina e a nova fábrica de embalagem em Minas Gerais. “Temos cronogramas bem definidos e orçamentos atualizados sobre esses projetos”, disse.
O CEO da empresa também falou sobre como o câmbio tem ajudado a empresa. “Tipicamente as margens no mercado externo eram menores do que no mercado doméstico, mas com o atual patamar do dólar isso se inverteu para alguns produtos”, disse. “A gente monitora muito bem as válvulas de importação e exportação.”
Assista acima à entrevista completa do CEO e do CFO da Irani ao InfoMoney.
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