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Após meses de embate, as negociações entre os acionistas da Oi (OIBR4) Société Mondiale, fundo ligado ao empresário Nelson Tanure, e a Pharol (antiga Portugal Telecom) avançaram nos últimos dias e podem ser concluídas nesta semana, apurou o Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. O acerto prevê um reorganização do Conselho de Administração, que passará a ter membros indicados por Tanure.
A diretoria da empresa também passa por mudanças, com a substituição de executivos que teriam enfrentado desgastes com conselheiros ligados à Pharol. Na segunda-feira, 12, foi anunciada a renúncia do diretor de finanças e de relações com investidores, Flavio Nicolay Guimarães. A companhia enfrenta um momento delicado em meio ao maior processo de recuperação judicial da história do País.
Um dos sinais de que houve evoluções nas conversas entre os acionistas foram os anúncios na segunda-feira das saídas dos conselheiros Marcos Grodetzky e Ricardo Malavazi Martins, abrindo duas vagas para o acordo. Martins, que também é do Conselho de Administração da Pharol, vai ocupar o cargo de diretor de finanças e de relações com investidores da Oi. Em junho, o então presidente da tele, Bayard Gontijo, também deixou a empresa após desgastes com membros da Pharol no conselho, que teriam resistido à diluição em conversas com credores antes da empresa pedir recuperação judicial.
Conforme já antecipado pelo Broadcast, os mais cotados para assumir as posições que serão indicadas por Tanure são o ex-ministro das Comunicações, Helio Costa, e o ex-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Demian Fiocca.
Os nomes dos entrarão no lugar dos conselheiros não foram divulgados. Grodetzky assumiu o posto de titular em junho deste ano, com a renúncia de Robin Bienenstock, que foi uma indicação da Andrade Gutierrez.
O fundo de Tanure, que tem participação de 6,32% na tele, e os portugueses, donos de 22% da Oi, teriam concordado ainda com a manutenção do presidente do conselho, José Mauro Mettrau Carneiro da Cunha. No último dia 02, o juiz Fernando Viana, da 7ª Vara Empresarial do Rio, determinou a mediação entre as partes. Mas antes mesmo disso, as conversas entre os dois lados já ocorriam.
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Procurada, a Pharol informou apenas que o acordo não está fechado, já o Société Mondiale não quis fazer comentários.
As disputas entre as duas partes ganharam força nos últimos meses após o fundo ligado a Tanure ter convocado assembleias de acionistas. Entre as propostas de voto, estava a destituição de membros do conselho ligados à Pharol, que seriam cinco de um total de 11.
Após críticas pelos credores, o Conselho da Oi disse na segunda-feira que o plano de recuperação judicial traz uma proposta para “viabilizar a recuperação e sustentabilidade” da tele. O documento foi aprovado em reunião do conselho e entregue à Justiça na semana passada. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.