Na Guerra das Maquininhas, pesquisa revela quais são as armas que importam

Ferramenta compara as particularidades dos modelos presentes no mercado e conclui: no fim, o que ganha ainda é preço

Allan Gavioli

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SÃO PAULO – Em meio à guerra das maquininhas, a Azulis, plataforma que oferece soluções de pagamentos para MEIs e pequenas e médias empresas, enviou em primeira mão ao InfoMoney uma pesquisa que mostra quais funcionalidades realmente interessam ao empreendedor no momento de escolher com que empresa de pagamentos trabalhar.

A pesquisa partiu de dados de um comparador da própria Azulis, através do qual empreendedores já realizaram mais de 150 mil pedidos de maquininhas. A ferramenta compara as particularidades dos modelos presentes no mercado, além de taxas e condições de compra de cada adquirente.

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Daniel Miranda, gerente-geral da Azulis, afirma que é imprescindível para o empreendedor entender quais as necessidades do cliente, principalmente quando se trata da forma de pagamento. “É inegável a importância de o microempreendedor adquirir maquinhas de cartão para o seu negócio, a fim de ampliar as opções de pagamento para o consumidor e, consequentemente, as vendas”, afirma Miranda.

As características preferidas do empreendedor

Cada tipo de negócio atende um tipo de clientela, e cada cliente tem uma necessidade diferente de pagamento, e os empreendedores responsáveis pelo negocio entendem dessas necessidades especificas. Sabendo disso, a Azulis separou um estudo que identifica as características mais procuradas pelos empreendedores nas maquininhas de cartão.

Entre as características mais procuradas, estão a presença de conectividade Wi-fi (32%), frete grátis (25%), aceitar vale-refeição (24%) e não precisar de conta bancária (20%).

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As modalidades de pagamento também importam: 61% das pessoas que buscam as maquininhas para comprá-las ficam de olho nas taxas cobradas para as operações parceladas, que são preferência de mais da metade (53%) da população brasileira, segundo o SPC e a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).

“A busca por essas especificidades é reflexo de alguns traços do Brasil e de sua população, como falta de infraestrutura telefônica (alcance de sinal em determinadas regiões) e a expressiva parcela da população desbancarizada, que mesmo não possuindo conta em banco, pode vender produtos e/ou prestar serviços dando a possibilidade de o cliente pagar com cartão”, explica Miranda.

Os três tipos de maquininhas

No “comparador de maquininhas” do site da Azulis é possível filtrar as maquininhas de acordo com as especificações de cada uma. Em uma primeira etapa, o cliente seleciona se quer uma máquina que necessite do celular do vendedor para funcionar ou uma maquininha que não necessite do celular. Ambas enviam os comprovantes por e-mail ou SMS.

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A primeira é ideal para motoristas, entregadores e outros que estejam em deslocamento, efetuando vendas e cobrança, e possui uma faixa de preço entre R$ 40 e R$ 200. Já segunda se encontra em uma faixa de preço maior – de R$ 94 a R$ 480 – e é indicada para empresas de pequeno e médio porte.

Ainda há um terceiro tipo de maquininha, que enquadra os modelos que trabalham com impressão de comprovante e possuem uma bobina para imprimir os recibos. Esse modelo, mais tradicional, é indicado para varejistas e para negócios com grande fluxo de pessoas e com balcão, como restaurantes, food trucks e padarias, pois não demandam o trabalho de anotar e-mails e números de celular para enviar recibos após as compras.. A faixa de preço varia entre R$ 418 e R$ 840.

Dentre os três tipos, a Azulis separou qual modelo é o mais procurado pelos comerciantes. As máquinas com chip – que precisam de um celular para funcionar – são preferidas por 47% dos comerciantes. Já as que também não possuem chip, mas funcionam exclusivamente com o celular são ideais para 23%. Por fim, as que imprimem comprovante aparecem com 30% de preferência.

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No fim, o que ganha é o preço

No entanto, segundo a fintech, os modelos mais comprados não seguem essa ordem, pois a maioria dos empreendedores acaba usando como fator preponderante o preço das maquininhas no momento da compra, o que pode levar a um erro, de acordo com Miranda.

“Os tipos sem chip, que precisam de um aparelho celular para funcionar, são os mais adquiridos por serem mais baratos, seguidos dos modelos com chip e que imprimem comprovantes”, explica Miranda.

O diretor ressalta que o valor pago na hora de comprar a maquinha não deveria balizar a escolha, pois segundo ele, é importante olhar para as taxas que o dono do negócio terá de arcar ao longo do tempo, em cada modalidade de pagamento (débito, crédito à vista e crédito parcelado).

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“Isso é relevante, pois impacta o negócio no dia a dia – dependendo de quanto a pessoa transaciona, o valor a mais pago pela maquininha pode ser pago em poucos meses por conta de uma taxa mais atrativa”, orienta.

PagSeguro e SuperGet lideram

À pedido do InfoMoney, a Azulis separou quais as maquininhas mais baratas que possuem todas as características mais procuradas – presença de conectividade Wi-fi, frete grátis, aceitar vale-refeição e não precisar de conta bancária.

Para as com chip, há três opções que possuem todas as características listadas acima. A SuperGet com chip 3G + WiFi, que custa R$ 358, 80 à vista ou 12 parcelas de R$ 29,90, possui uma taxa de 2% no débito, 3,09% no crédito e 15,3% para compras parceladas em 12 vezes.

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A Moderninha Plus, da PagSeguro, custa R$ 238,80 à visita ou 12 parcelas de 19,90 e possui as seguintes taxas: 2,39% para o débito, 3,19% no crédito e 20,79% para compras parcelas em 12 vezes.

Já a Maquinha Chip 2 da PagSeguro é a mais barata entre as opções com chip, custando R$ 106,80 à vista ou 12 parcelas de R$ 8,90. A Maquinha Chip 2 possui uma taxa de 2,39% no débito, 3,19% no crédito e 20,79% para compras parceladas em 12 vezes.

Dentre as maquininhas que possuem bobina para emissão de comprovante físico, a mais barata e que possui as melhores taxas é a SuperGet com bobina, custando R$ 418,80 à vista ou 12 parcelas de R$ 34,90. A SuperGet possui as seguintes taxas: 2% no débito, 3,09% no crédito e 15,3% para compras parceladas em 12 vezes.

Dentre as maquininhas sem chip -aquelas que precisam de um celular para funcionar – nenhuma possui todas as especificações mais procuradas pelos empreendedores.

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Allan Gavioli

Estagiário de finanças do InfoMoney, totalmente apaixonado por tecnologia, inovação e comunicação.