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O bilionário Elon Musk disse na noite de terça-feira que deixará o cargo de presidente-executivo do Twitter assim que encontrar um substituto, porém ainda administrará algumas divisões importantes da rede social.
“Vou renunciar ao cargo de presidente-executivo assim que encontrar alguém louco o suficiente para assumir o cargo! Depois disso, vou apenas comandar as equipes de software e servidores”, escreveu Musk no Twitter.
Esta é a primeira vez que Musk menciona deixar o cargo de presidente da plataforma de mídia social, depois que os usuários votaram para que ele renunciasse em uma enquete que o próprio bilionário lançou na noite de domingo.
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Na enquete, 57,5% de cerca de 17,5 milhões de usuários votaram “sim”. Musk disse no domingo que aceitaria os resultados. Ele não deu um prazo para quando deixará o cargo e nenhum sucessor foi nomeado.
Os resultados da pesquisa encerraram uma semana turbulenta que incluiu mudanças na política de privacidade do Twitter e a suspensão – e restabelecimento – de contas de jornalistas, em uma atitude condenada por organizações de notícias, entidades da sociedade civil e autoridades europeias.
Os pedidos em Wall Street para a renúncia de Musk vinham crescendo há semanas e, recentemente, até os acionistas da Tesla questionaram seu foco na rede social e como isso pode distraí-lo do comando da fabricante de veículos elétricos.
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O próprio Musk disse que tinha muito com o que lidar e que iria procurar um presidente-executivo para o Twitter. Ele afirmou no domingo, porém, que não havia sucessor e que “ninguém quer o trabalho que pode realmente manter o Twitter vivo”.
Ponto de equilíbrio
O bilionário afirmou ainda que o Twitter está agora a caminho de alcançar “o ponto de equilíbrio (‘break-even’) em fluxo de caixa” no próximo ano, e defendeu as profundas medidas de corte de custos que implementou na rede social.
O Twitter estava caminhando para uma “situação de fluxo de caixa negativo de 3 bilhões de dólares por ano” antes dos cortes de custos, disse Musk nesta quarta-feira enquanto participava de um chat de áudio do Twitter Spaces.
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Desde que assumiu o Twitter em 27 de outubro, Musk demitiu 50% dos funcionários da empresa e exigiu que os trabalhadores restantes se comprometessem com longas horas e uma cultura “hardcore”, o que levou a mais saídas de pessoal. Os movimentos controversos abalaram os anunciantes, que contribuem com 90% da receita da plataforma de mídia social.
“Temos uma simulação de emergência de incêndio em nossas mãos”, disse Musk. “Essa é a razão de minhas ações.”
Durante a sessão do Spaces, Musk disse que sua “prioridade número um” é aumentar a receita de assinantes para que se torne uma parte significativa dos negócios da rede social, em um momento em que as empresas estão cortando seus orçamentos de publicidade em meio a uma economia mais fraca.
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Atualmente, o Twitter tem pouco mais de dois mil funcionários, acrescentou Musk.
(com informações da Reuters)