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Morreu nesta quinta-feira (29) em Belo Horizonte, aos 86 anos, o ex-ministro da Agricultura Alysson Paolinelli, uma das mais importantes lideranças do agro no país.
Mineiro de Bambuí, Paolinelli era engenheiro agrônomo formado na Universidade Federal de Lavras. Assumiu a Secretaria da Agricultura de seu Estado em 1971, e em 1974 foi escolhido pelo então presidente militar Ernesto Geisel para comandar o Ministério da Agricultura, cargo que ocupou até 1979.
Nesse período, fomentou a modernização da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que havia sido criada em 1973, e com isso passou a ser considerado um dos “pais” da estatal, que foi fundamental para o desenvolvimento de sementes de grãos adaptadas ao Cerrado – atualmente o Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de soja e milho do mundo.
Foi filiado aos partidos PSD, Arena, PDS e PFL. Como deputado federal eleito pelo PFL de Minas Gerais, participou da Assembleia Nacional Constituinte entre 1987 e 1988. Também foi presidente do Banco do Estado de Minas Gerais, da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e, mais recentemente, da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).
Graças ao seu papel no fortalecimento da Embrapa, foi indicado em 2021 ao Prêmio Nobel da Paz, em campanha liderada pelo amigo Roberto Rodrigues, também ex-ministro da Agricultura e uma das maiores lideranças do agro brasileiro. Em 2006, ganhou o prêmio World Food Prize por sua contribuição à produção global de alimentos.
“A agropecuária e o agronegócio brasileiro perderam hoje seu maior herói de todos os tempos”, afirma Roberto Rodrigues em vídeo divulgado após o falecimento de Paolinelli. Há 50 anos, lembra Rodrigues no vídeo, o Brasil importava 30% dos alimentos que consumia, e hoje é o país com o maior superávit comercial no setor.
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