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SÃO PAULO – Um comunicado na última quinta-feira (9) fez as ações de um mico disparar na Bovespa: a Inepar Telecomunicações (INET3) subiu forte por três pregões, pulando dos R$ 0,15 para R$ 0,38, acumulando alta de 153,33%. A farra acabou na tarde desta terça, quando a ação inverteu de uma forte alta para fechar em queda de 25,93%, para R$ 0,20 – chegando a bater os R$ 0,19, só quatro centavos acima de onde partiu.
A Inepar (INEP4), sua controladora, pretendia uma reestruturação, concentrando os ativos de infraestrutura e óleo & gás na empresa que tem nome de telecomunicações – o que envolvia uma subscrição. No meio disso tudo, a Paiffer Managment adquiriu ações da empresa e chegou a deter 21.165.550 ações ordinárias, representando 6,74% do total de ações emitidas pela empresa.
Como de praxe, teve que enviar um comunicado para a Bovespa, onde mostrou seu real interesse: adquirir o controle acionário da Inepar Telecomunicações – provocando a alta. Essa alta estourou às 14h30 (horário de Brasília) desta terça, quando a Inepar enviou um comunicado falando que não estava em tratativas para vender a empresa para a Paiffer. O que é necessário, já que a Inepar é dona de 57% da empresa.
As expectativas de que a empresa seria vendida mudaram, e as ações que estavam aos R$ 0,36 inverteram e passaram a cair forte. Do topo do dia, aos R$ 0,38, até o patamar mais baixo, R$ 0,19, a queda da empresa foi de 50%. Com a corrida dos investidores para se livrar das empresa, após a negativa da Inepar, a ação apresentou volume de R$ 11,64 milhões, seu maior volume desde 2010.