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Lionel Messi planeja se juntar ao Inter Miami, clube da Major League Soccer, recusando uma oferta da Arábia Saudita que lhe renderia US$ 400 milhões anualmente.
“Eu tomei a decisão de ir para Miami”, disse Messi em uma entrevista ao Mundo Deportivo. “Ainda não está 100% fechado, ainda faltam algumas coisas, mas decidimos seguir por esse caminho”.
Ao astro argentino, estão sendo oferecidos acordos de compartilhamento de lucros com a Adidas e a Apple, relatou o The Athletic, citando pessoas familiarizadas com a transação. Messi também poderia obter uma participação no Inter Miami, de acordo com a ESPN, se juntando aos atuais proprietários David Beckham e a família Mas.
Apple e Inter Miami não responderam aos pedidos de comentário. A Adidas se recusou a comentar.
Messi, que faz 36 anos neste mês, planeja “viver a liga dos EUA de uma maneira diferente e aproveitar mais o dia a dia”, disse ele na entrevista ao Mundo Deportivo.
A mudança de Messi para a Major League Soccer seria um golpe significativo para as ambições esportivas globais da Arábia Saudita, impulsionadas pelo príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. O reino tem tentado adicionar mais estrelas à sua liga doméstica de futebol após Cristiano Ronaldo se juntar a uma equipe sediada em Riad. O Fundo de Investimento Público do país financiou a liga LIV Golf, que está se fundindo com o PGA Tour, enquanto o fundo soberano comprou o Newcastle, clube da Premier League, transformando rapidamente o time pouco vitorioso em uma força séria no futebol inglês.
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Trazer Messi para os EUA também teria grandes repercussões para Miami e a Major League Soccer, já que a cidade se prepara para ser uma das cidades sede da Copa do Mundo de 2026.
Seria a primeira vez que Messi jogaria em um clube de fora da Europa em sua carreira profissional. O vencedor da Copa do Mundo de 2022 brilhou no Barcelona desde a adolescência, conquistando vários títulos da liga espanhola e da Liga dos Campeões. Ele saiu para jogar no Paris Saint-Germain em 2021 e disse que escolheu se juntar ao Inter Miami em vez de voltar à equipe catalã.
Para a Apple, isso fortaleceria sua estratégia no futebol. A empresa fechou um acordo de US$ 2,5 bilhões por dez anos com a Major League Soccer para transmitir jogos em sua plataforma Apple TV+. E uma das séries de TV mais populares do serviço de streaming, Ted Lasso, acompanha uma equipe fictícia da Premier League treinada por um americano.
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Para a Adidas, seria uma conquista em um momento em que a marca alemã está sofrendo com o colapso de sua franquia Yeezy, após cancelar a parceria com Ye, o rapper anteriormente conhecido como Kanye West.
A Adidas perdeu uma considerável participação de mercado nos EUA nos últimos anos para a Nike e marcas menores como a Hoka. O futebol é um ponto positivo para a empresa nos EUA, que é o maior mercado esportivo do mundo.
A empresa alemã renovou seu contrato com a MLS no início deste ano, um movimento que o CEO Bjorn Gulden chamou de “muito, muito, muito importante”. A Adidas tem ambições de combinar o futebol com a moda e a música para criar uma espécie de “cultura de rua” do futebol em todo o mundo, ao nível do que é visto no basquete.
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“É por isso que é importante proteger nossa posição número um no futebol nos grandes mercados”, disse Gulden no mês passado em uma conferência com analistas.
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