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(ANSA) – A farmacêutica AstraZeneca acredita que, mesmo com a pausa nos testes, a vacina contra o novo coronavírus (Sars-CoV-2) estará disponível no mercado “no fim deste ano ou no início do ano que vem”. A afirmação foi dada pelo CEO da empresa, Pascal Soriot, nesta quinta-feira (10).
Criada pela Universidade de Oxford, a ChAdOx1 nCoV-19 teve uma suspensão temporária na última etapa de testes por conta de um voluntário no Reino Unido ter apresentado uma reação adversa que pode (ou não) estar relacionada coma a imunização. O que foi paralisado é a admissão de novos voluntários na pesquisa, que deve testar a vacina em cerca de 50 mil pessoas em vários países. Quem já recebeu as doses, continuará a ser acompanhado.
O paciente apresentou uma síndrome inflamatória na medula espinhal chamada de mielite transversa, segundo a mídia norte-americana.
Soriot destacou que esse fato ainda não foi confirmado e reconheceu que não pode dar uma data exata de quando os testes serão retomados. Porém, afirmou que está “convicto” que ainda neste ano terá o pedido de aprovação enviado para as autoridades sanitárias.
O otimismo do CEO é justificado, segundo o que ele informou, pelo fato do “evento adverso” não ter “sido observado no mundo inteiro”. A retomada dos testes, no entanto, será autorizada ou não pelo comitê independente que está fazendo a revisão dos estudos dos testes em todo o mundo. Normalmente, esse prazo pode ser de uma semana a três meses.
A ChAdOx1 nCoV-19 é considerada uma das mais promissoras vacinas anti-Covid, tendo sido a “aposta” favorita de diversos governos do mundo – incluindo os Estados Unidos, Brasil e União Europeia.
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A paralisação por conta de uma reação adversa é considerada comum no desenvolvimento de vacinas ao longo da história, no entanto, com a aceleração dos procedimentos para descobrir uma imunização contra o novo coronavírus é provável que a entrega e aprovação atrasem. (ANSA).