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Você já deve ter ouvido falar sobre cashback. O programa, que surgiu no final dos anos 90 nos Estados Unidos e devolve ao titular do cartão de crédito uma porcentagem do valor gasto em suas compras, começou a ganhar força no Brasil somente em 2011 com a startup Méliuz, plataforma que oferece cupons de descontos gratuitamente em lojas online.
Neste episódio do ROI Hunters, Guilherme Lippert, cofundador e head de Growth da V4 Company e Fernando Miranda, head de Marketing do InfoMoney, recebem Lucas Marques, sócio e COO da Méliuz. Eles conversam sobre como a empresa mineira mudou o status do cashback no país e se tornou uma companhia de capital aberto na bolsa de valores com recorde de valuation para o segmento.
Miranda abre o programa querendo entender de Lucas Marques porque a Méliuz é tão sexy na bolsa. O responsável pelo marketing do Infomoney comentou que entre os especialistas em investimentos, Thiago Nigro (O Primo Rico) investiu cerca de R$1 milhão em ações da empresa. Em poucas semanas Nigro viu o investimento se mutiplicar por quatro.
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Marques destacou o motivo de terem decidido abrir IPO: “Há alguns empreendedore que vão para bolsa para fazer uma secundária, ou seja, vender parte das ações e fazer dinheiro para capital próprio. Acho super válido, mas não foi o nosso caso. Entramos na bolsa para capturar recursos e endereçá-los para o crescimento da empresa nos próximos anos”.
Marques ainda afirma que o plano de apresentação para os investidores foi de metas conservadoras e cautela. “Os investidores perceberam que estávamos entregando sempre acima do planejado e o mercado foi nos compensando com a valorização das ações”, completa.
Em 2021, a Méliuz fez a aquisição de quatro empresas: Picodi, plataforma de desconto presente em mais de 40 países, a fintech Acesso Bank, Promobit e o site de comparação de preços de serviços, Melhor Plano.
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Marques reforça que o crescimento da empresa está ligado diretamente ao investimento em tecnologias. “A gente investe em ferramentas desde o topo de funil até a retenção de clientes, como em CRM por exemplo. A empresa vem crescendo em média 75% ao ano desde sua fundação em 2011”, finaliza.
Miranda destaca que a Méliuz, além de ser uma empresa que conecta usuários e parceiros, é uma fintech, já que possui seu cartão e serviço financeiro próprio. E pergunta qual o diferencial da empresa em relação às instituições financeiras tradicionais. “Nosso público-alvo são pessoas que gostariam de ter um cartão sem anuidade e com benefícios. Nós já tínhamos visto muitos cartões sem anuidade, mas não entregavam um bônus” diz Marques.
Lippert questiona a estruturação do time da Méliuz e pergunta como montar uma equipe forte. Marques é enfático ao dizer que antes de mais nada é preciso realizar um processo seletivo muito rigoroso. “Na Méliuz temos três etapas. A primeira é a tradicional com o RH. A segunda mais técnica, com entrevista e testes. Mas a gente tem uma etapa a mais que é a mais difícil, a etapa de cultura”, completa. O empreendedor diz que já ficou com uma vaga aberta durante cinco meses mesmo tendo entrevistado mais de cem pessoas.
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“A gente comemora as contratações aqui na Méliuz com a mesma intensidade de uma meta. E quanto mais alto o cargo, mais difícil é. Quando a gente consegue trazer um diretor para a equipe é realmente uma festa.”
Conheça as estratégias que fizeram da Méliuz uma das principais empresas do país. Ouça os demais episódios na íntegra nos players de sua preferência clicando aqui: O podcast oficial de marketing digital e growth do InfoMoney.