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SÃO PAULO – As ações da Linx (LINX3), empresa do setor de software para varejo, caem pelo quarto pregão consecutivo (-7%), depois de terem atingido dia 3 de janeiro seu maior patamar histórico, fechando cotadas a R$ 50,00. Somente nesta sessão, os papéis registravam às 11h29 (horário de Brasília) desvalorização de 1,54%, a R$ 46,53. Na mínima, atingiram queda de 1,95%, a R$ 46,34.
O desempenho ocorre em meio à divulgação nesta sessão de um relatório do Credit Suisse. O banco de investimentos cortou a recomendação das ações da empresa, de outperform (desempenho acima da média) para neutra, embora tenha elevado o preço-alvo de R$ 39 para R$ 44 por ação – mas ainda 5% abaixo do atual patamar.
Os analistas Andrew Campbell e Daniel Federle, do Credit, explicam que a revisão ocorre após “espetacular valorização no ano passado”, limitando o potencial de ganhos do papel em 2014. A ação ingressou na bolsa paulista em fevereiro de 2013. Das 10 ações que estrearam na Bovespa no ano passado, a Linx foi a que apresentou o maior retorno aos investidores, com valorização de 61%.
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Para eles, a empresa continua mostrando um cenário favorável devido a sua forte posição no mercado de software de varejo, entretanto, a visibilidade de alta nos próximos resultados não é tão certo. O risco do lucro desapontar este ano é baixo, mas a chance da ação surpreender positivamente também é reduzida, comentam.
Em função da forte valorização, as ações da Linx são negociadas atualmente a um P/L (Preço por Lucro), que dá indícios se um papel está caro ou barato, estimado para 2014 de 22,8 vezes, contra 17,3% da Totvs (TOTS3), uma das suas principais concorrentes. Neste panorama, as ações da Totvs dão aos investidores uma melhor oportunidade de ganhos, comentam os analistas.