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Rio de Janeiro – A Refinaria de Manguinhos (RPMG3; RPMG4) informou que analisa quais medidas deverá tomar contra a desapropriação do imóvel onde está localizada, decidida pelo governador do Rio de Janeiro, Sergio Cabral.
O governo do Estado do Rio de Janeiro decidiu desapropriar o local para construir na área um projeto habitacional para a população de baixa renda.
Em comunicado ao mercado, a companhia classifica a decisão do governo do estado fluminense de “ato do príncipe”.
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“A companhia está analisando, com seus assessores jurídicos e financeiros, as medidas que podem ser tomadas contra esse ‘Ato do Príncipe’, e de que forma poderá agir para impedir que consequências tão graves impactem suas atividades e repercutam em sua vida financeira e na de seus funcionários e acionistas”.
A empresa diz em nota que o faturamento esperado em 2012 é da ordem de 2 bilhões de reais e que a refinaria gera 1 mil empregos diretos.
O decreto de desapropriação englobará a totalidade da área hoje ocupada pela refinaria, informou a nota.
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A notícia da desapropriação levou a empresa a pedir na segunda-feira a suspensão da negociação de suas ações na bolsa de valores por prazo indeterminado.
O governador do Estado do Rio, Sergio Cabral, anunciou no domingo que iria desapropriar o terreno da refinaria, em meio a ações de ocupação por forças de segurança de áreas dominadas pelo tráfico de drogas.
Segundo o governador fluminense, o terreno utilizado pela refinaria, única no país não controlada pela Petrobras, “há muito não refina nada. É simplesmente estocagem de etanol”.
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Manguinhos rebateu a afirmação dizendo que refinou, nos últimos 12 meses, 3,5 milhões de barris de petróleo.
A refinaria havia anunciado no começo de outubro um acordo de confidencialidade para eventual parceria com a chinesa Sinopec em um projeto de expansão da planta de refino, estimado em 1,4 bilhão de reais.
A refinaria foi inaugurada em 1954 e foi comprada em 2008 pelo Grupo Andrade Magro.