Loft demite mais 312 funcionários, totalizando 855 demissões no ano

Plataforma imobiliária, Loft faz terceira rodada de demissões em massa; empresa fala em integração com empresas adquiridas

Wesley Santana

Escritório da Loft (Divulgação)
Escritório da Loft (Divulgação)

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A startup de imóveis Loft demitiu 312 funcionários nesta quarta-feira (7), número equivalente a 12% do quadro de pessoal. Esse é o terceiro corte de pessoal que a empresa faz em 2022, totalizando 855 pessoas dispensadas desde abril.

Ao InfoMoney, o unicórnio classificou essa como uma “importante etapa da integração da companhia com suas empresas adquiridas”. Isso porque, nos últimos dois anos, a empresa comprou uma série de startups e agora está reestruturando a operação.

A Loft garantiu que os funcionários demitidos terão apoio no processo de recolocação profissional. Além disso, afirmou que vai estender o plano de saúde para o titular e dependentes por dois meses e também trabalha na facilitação da participação no plano de stock options para as pessoas elegíveis.

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“A Loft agradece a dedicação dos colaboradores desligados e está empenhada em ajudar no que for possível para a sua recolocação no mercado”, disse em nota.

No ano passado, em um intervalo de dois meses, a plataforma imobiliária foi às compras e trouxe para cada duas startups: a fintech de fianças CredPago, que tinha R$ 40 bilhões em ativos sob gestão, e a de financiamentos CrediHome, com cerca de R$ 2 bilhões em contratos. Depois disso, a Loft ainda fez outras aquisições e parcerias.

Segundo a empresa, hoje 2,6 mil funcionários prestam serviços para as marcas que compõem o ecossistema. Só neste ano foram realizados outros dois cortes: o primeiro, em abril, rompeu contratos com 159 funcionários e, em julho, de mais 384 pessoas.

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História da Loft

A história da Loft, da sua criação como uma plataforma para reformar e vender imóveis até sua chegada ao ‘mundo dos unicórnios’ foi tema do episódio #42 do podcast Do Zero ao Topo. 

Ninguém escapa

A Loft é mais uma das muitas startups que anunciaram demissões nos últimos meses. Um dos últimos casos foi o da Dock, publicada com exclusividade pelo InfoMoney, que cortou 190 pessoas no Brasil e no México, equivalente a 12% do quadro de funcionários.

Além de outros unicórnios, o site layoffsbrasil.com mapeou startups menores que também passaram pelo movimento de demissões, como Movidesk, Provu e Involves. Foram ao menos 2 mil pessoas demitidas nos últimos seis meses, segundo a página.

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Diferente da Loft, que nega uma crise, as empresas de tecnologia atribuem esse movimento ao chamado “inverno das startups”. Depois de passarem por um 2020 e 2021 cheio de recursos, agora elas sofrem com um “freio de arrumação”, conforme avaliam os especialistas.