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A Justiça do Rio de Janeiro autorizou a Americanas (AMER3) a emitir até R$ 2 bilhões em debêntures na modalidade “debtor-in-possession” (DIP), destinada a empresas em recuperação judicial. O prazo será de 24 meses e os acionistas de referência Carlos Alberto Sicupira, Marcel Telles e Jorgem Paulo Lehmann se comprometeram a financiar R$ 1 bilhão desse montante.
As debêntures não serão conversíveis em ações e nem conta com garantias. A remuneração será equivalente ao custo médio de financiamento da Americanas antes do pedido de recuperação judicial (cerca de 128% do CDI).
“O financiamento DIP tem como objetivo ajudar a Americanas a manter o curso normal de seus negócios, seu fluxo de caixa e reforçar sua liquidez”, disse a varejista, em nota.
“Em conjunto com outras fontes de recursos que estão sendo exploradas pela Companhia, incluindo a liberação de valores retidos por determinados credores, permitirá manter os investimentos em capital de giro e financiar obrigações como o pagamento a fornecedores, empregados e parceiros”, acrescentou.
Com dívidas que ultrapassam os R$ 40 bilhões, a Americanas pediu recuperação judicial em janeiro e tem enfrentado dificuldades para seguir com suas operações.
Desde o início da crise, causado pelo um escândalo contábil de R$ 20 bilhões, a varejista teve grande parte de seus recursos congelada por bancos credores, em embates que estão na Justiça, sendo o litígio com o BTG Pactual por R$ 1,2 bilhão o mais emblemático.