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SÃO PAULO – Se a fortuna pessoal de Jeff Bezos continuar crescendo no ritmo atual, ele poderá se tornar o primeiro trilionário da história ainda nessa década: mais especificamente em 2026, aos 62 anos. O feito é inédito na história do capitalismo moderno, aponta um estudo da Comparisun, casa de consultoria americana que analisa os dados de várias varejistas online listadas na bolsa.
O bilionário possui cerca de 11% dos papéis da Amazon, empresa que fundou, e sua riqueza tem aumentado a uma taxa média anual de 34% nos últimos cinco anos, de acordo com os dados da Comparisun. Segundo a lista de bilionários da Bloomberg, a fortuna de Bezos está avaliada em cerca de US$ 138 bilhões. Apenas em 2020, o bilionário viu seu patrimônio crescer US$ 28,3 bilhões.
Caso Bezos realmente se torne trilionário, sua fortuna pessoa seria maior que o PIB de diversos países como Argentina, Países Baixos, Filipinas e Chile, por exemplo. Para efeito de comparação, se Bezos trilionário fosse um país, estaria na 27º posição entre os maiores PIBs do mundo.
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Corrida
A Comparisun analisou 25 das pessoas mais ricas e descobriu que apenas 11 tiveram uma chance realista de se tornar trilionários durante a vida.
Segundo a simulação CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, pode ser o mais jovem trilionário da história moderna, chegando lá pouco após Bezos. Caso o fundador do Facebook mantenha sua taxa de crescimento atual, ele deve chegar a marca de US$ 1 trilhão em 2036 quando terá 51 anos.
A Comparisun usou como base a lista de bilionários da Forbes para determinar o patrimônio de Bezos, mas os dados extraídos foram de setembro de 2019. Ou seja, isso significa que sua análise não leva em consideração os ganhos que Bezos e a Amazon viram durante esses primeiros meses de pandemia do novo coronavírus.
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Amazon e a pandemia
Com o avanço da pandemia, a Amazon tem se mostrado como um negócio que faz muito sentido na quarentena, com muitas pessoas confinadas em casa e dependendo do e-commerce para quase tudo: a receita da companhia subiu 26%, para US$ 75,5 bilhões, no primeiro trimestre. Em abril, as ações da empresa atingiram a máxima histórica.
Ao mesmo tempo, a empresa está enfrentando críticas crescentes ao tratamento dado aos trabalhadores durante a pandemia.
Os funcionários realizaram vários protestos sobre as condições de trabalho nas últimas semanas, à medida que o número de casos de covid-19 aumentou entre os funcionários do armazém. Por outro lado, o próprio Jeff Bezos informou que o todo o lucro do segundo trimestre será destinado integralmente ao combate do coronavírus.
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“Em circunstâncias normais, no próximo trimestre, esperamos obter US$ 4 bilhões ou mais em lucro operacional. Mas não são circunstâncias normais. Em vez disso, esperamos gastar essa totalidade, e talvez um pouco mais, em despesas relacionadas à pandemia de coronavírus, levando produtos aos clientes e mantendo os funcionários seguros”, disse o CEO na ocasião.