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SÃO PAULO – Na última segunda-feira (17), Jeff Bezos, fundador da Amazon e homem mais rico do mundo, segundo a Forbes, anunciou a criação de uma iniciativa para ajudar a combater o aquecimento global. O bilionário promete doar US$ 10 bilhões para o “Bezos Earth Fund“, um fundo que deve apoiar projetos que combatem as mudanças climáticas.
O valor corresponde a 8% do patrimônio do CEO da Amazon, calculada em US$ 130 bilhões.
Por meio de sua conta oficial do Instagram, Bezos postou uma foto tirada do espaço do planeta Terra e anunciou a novidade na legenda da imagem. O bilionário afirmou que começará a realizar as doações a partir do verão deste ano do hemisfério norte – entre junho e agosto.
O bilionário deixou claro que o intuito do fundo é financiar ativistas, cientistas e ONGs que estejam comprometidos com a preservação do mundo. Bezos ainda chamou atenção para o papel que grandes empresas e governos precisam ter na mudança.
“A Terra é a única coisa que todos nós temos em comum – devemos protegê-la juntos”, escreveu Bezos no post.
Bezos fundou e é CEO da Amazon, uma das maiores empresas de varejo do mundo. Ele também é dono do The Washington Post, um dos jornais mais tradicionais dos Estados Unidos e da Blue Origin, empresa especializada no desenvolvimento de foguetes espaciais para uso comercial.
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Filantropia
A Amazon e seu fundador são bastante criticados do ponto de vista de filantropia – ainda mais se comparado com outros bilionários como Bill Gates e Warren Buffett.
Críticas mais duras começaram a ficar frequentes a medida em que a Amazon crescia e Bezos se tornava o homem mais rico do mundo. Em 2019, Bezos foi criticado após realizar uma doação de US$ 690 mil para ajudar no combate aos incêndios na Austrália, já que a quantia era equivalente ao que Bezos ganhou a cada cinco minutos no ano de 2018.
Bezos é provavelmente o nome mais relevante entre os bilionários mundiais que ainda não assinou o The Giving Pledge, organização filantrópica fundada por Warren Buffett, Bill e Melinda Gates que propõe-se a motivar as pessoas mais ricas do mundo a doarem pelo menos a metade de seu patrimônio líquido para a filantropia, seja em vida ou após a morte.
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Vale dizer que MacKenzie Bezos, que ganhou US$ 35 bilhões ao se separar de Jeff Bezos, adentrou na organização assim que o acordo do divórcio saiu.
A organização conta com 206 bilionários de 23 países diferentes. Michael Bloomberg, fundador da agência de notícias que leva seu nome, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook e Elon Musk, CEO da Tesla são alguns dos bilionários que fazem parte da organização filantrópica.
No Brasil, apenas um bilionário assinou o pacto de filantropia. Elie Horn é o fundador e ex-presidente da Cyrela (CYRE3), uma das maiores construtoras do Brasil. Ainda em 2015, o bilionário afirmou que pretendia doar, até o fim da vida, 60% de todo seu patrimônio para causas sociais – além de dizer que tentaria convencer outros bilionários brasileiros a fazerem o mesmo.
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“Como seres humanos, nós não levamos nada conosco para o outro lado – as únicas coisas que podemos levar são as boas ações que realizamos neste mundo”, escreveu Horn em sua declaração ao assinar o The Giving Pledge.
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