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SÃO PAULO – As 25 marcas mais valiosas do Brasil em 2020 somam juntas US$ 55,7 bilhões, um crescimento de 4% em relação ao ano passado, segundo a nova edição do ranking BrandZ Brasil, feito pela Kantar em parceria com a WPP.
Apesar do crescimento, o impacto da pandemia de coronavírus nos negócios afetou fortemente as companhias brasileiras e seis empresas, dentre as dez primeiras colocadas, registraram queda no valor de suas marcas em 2020, na comparação com o ano passado.
Na edição deste ano, o banco Itaú subiu uma posição e aparece na liderança como a marca mais valiosa do país, com valor estimado em US$ 8,2 bilhões, uma queda de 1% em relação a 2019. No segundo lugar do ranking, avançando uma posição, aparece a cerveja Skol, com valor de marca em US$ 6,7 bilhões – recuo de 6% ante os US$ 7,2 bilhões do ano anterior.
O banco Bradesco, que liderou a lista em 2019, caiu para a terceira colocação no ranking, com sua marca avaliada em US$ 6,1 bilhões, uma queda de 35% na comparação com os US$ 9,4 bilhões de 2019.
Os segmentos de bens de consumo e varejo se destacaram neste ano e impulsionam a valorização das marcas. A varejista Magazine Luiza aparece na quarta posição da lista, avaliada em US$ 5,1 bilhões, um avanço de 124% na comparação anual.
A marca segue com um grande ritmo de valorização nos últimos anos. Em 2019, quando ocupou a sétima colocação do ranking BrandZ Brasil, o Magalu tinha registrado um crescimento de 276% em valor de marca – comparado ao ano anterior.
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Para a Kantar, a transformação digital e os investimentos feitos pela varejista para se tornar omnichannel, integrando os canais online e físicos, é o grande diferencial competitivo da companhia.
“O Magalu investiu em tecnologia dentro de casa, redes sociais e logística, melhorando a experiência do cliente e atraindo mais vendedores para o seu marketplace. E também possibilitou que pequenas e médias empresas pudessem ter acesso ao canal de distribuição do Magalu. O Magazine Luiza se reinventou saindo de um modelo de vendas de eletrodomésticos para um modelo de marketplace – concorrendo com a Amazon“, escreveu a consultoria.
A Renner foi outra varejista que se destacou, Seu valor de marca cresceu 19% do ano passado para este, chegando a US$ 2,2 bilhões em 2020.
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Já a Sadia, classificada na categoria de bens de consumo, aparece em décimo lugar no ranking, com alta de 22% na base de comparação anual, totalizando US$ 1.637 bilhões em valor de marca. A empresa é também a marca mais valiosa do setor de alimentos.
Com a pandemia acelerando a digitalização de negócios, Silvia Quintanilha, vice-presidente de atendimento da Kantar Brasil, reforça a importância de criar estratégias para que as marcas se mantenham presentes na mente dos seus clientes.
“Marcas que saíram na frente com a experiência digital, inovação e relacionamento mais próximo com o consumidor conseguiram ter uma performance melhor, criando conexão com seu público”, afirma Silvia.
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Para chegar aos resultados, a Kantar utiliza uma metodologia que leva em consideração o valor de mercado, segundo dados da Bolsa e da Bloomberg, e o valor de contribuição de marca, feito pela Kantar – que é a proporção do valor financeiro de uma marca gerado por sua capacidade de aumentar o volume de compra e carregar um premium price.
Confira as 10 marcas mais valiosas, segundo o ranking BrandZ Brasil:
Ranking | Marca | Categoria | Valor de Marca em 2020 (bi $) |
1 | Itaú | Instituição Financeira | US$ 8.268 |
2 | Skol | Cerveja | US$ 6.797 |
3 | Bradesco | Instituição Financeira | US$ 6.137 |
4 | Magazine Luiza | Varejo | US$ 5.111 |
5 | Brahma | Cerveja | US$ 3.720 |
6 | Globo | Canais de TV | US$ 3.295 |
7 | Antarctica | Cerveja | US$ 2.558 |
8 | Renner | Varejo | US$ 2.273 |
9 | Amil | Cuidados da saúde | US$ 2.050 |
10 | Sadia | Bens de Consumo | US$ 1.637 |