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SÃO PAULO – A semana foi bastante tumultuada para a HRT Participações em Petróleo (HRTP3), após a divulgação dos dados de exploração na Namíbia, o que levou à companhia a realizar uma teleconferência com analistas na última quarta-feira, seguidos por calls individuais na véspera.
Os analistas do Itaú BBA, Paula Kovarksy e Diego Mendes, passaram mais de uma hora conversando com o CEO (Chief Executive Officer), Milton Franke, discutindo os resultados em profundidade e as correspondências com o prospecto de Murombe. Assim, concluem, os argumentos iniciais são bons, mas não definitivos, uma vez que são necessários testes adicionais.
Após acumular queda de 12,70% nesta semana em meio às más notícias para a companhia, os analistas seguiram com a recomendação underperform (desempenho abaixo da média do mercado) e o valor justo para o final de 2013 de R$ 3,80 por ativo.
Em resumo, ressaltam Kovarsky e Mendes, o próximo catalisador consiste do resultado de outro poço de exploração, de Murombe, cuja probabilidade estatística pode ter aumentado ligeiramente.
“Em outras palavras, isto somente pode ser tratado como outra ‘opção’. A boa notícia é que a ação agora está mais barata. A má noticia é que agora há menos caixa”, afirmam.
Ganhos podem não ser tão significativos
Apesar da companhia destacar que os relatórios emitidos após a divulgação do resultado não refletem adequadamente o entendimento sobre os resultados do poço e destacar Murombe, os analistas do Itaú BBA receiam que os ganhos não sejam tão significativos.
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Com relação às implicações da descoberta de Wingat para o prospecto de Murombe, o argumento da redução de risco não é efetivamente direto. O risco do reservatório nos arenitos de turbiditas de Murombe deve ser independente dos resultados de Wingat, cujo reservatório é composto de carbonatos.