Investimentos de venture capital e private equity somaram R$ 23,6 bilhões em 2020

Pela primeira vez, os aportes de venture capital superaram os de private equity no Brasil

Mariana Fonseca

(Daria Shevtsova/Pexels)
(Daria Shevtsova/Pexels)

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SÃO PAULO – Os investimentos da indústria de venture capital (VC) e private equity (PE) somaram R$ 23,6 bilhões no país ao longo de 2020. É o segundo maior volume de capital de risco desde 2011, com queda de 7% sobre o valor visto em 2019.

As informações são de um estudo da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e da consultoria KPMG. “O forte desempenho da indústria de PE e VC num ano tão complicado é mais uma evidência da robustez do ecossistema de investimentos em empresas no Brasil”, afirmou em nota Piero Minardi, presidente da ABVCAP.

255 companhias brasileiras receberam investimentos e informaram os valores dos aportes no último ano. 200 delas recebem aportes no segmento de VC, enquanto 55 captaram no segmento de PE. Segundo a associação, o número de empresas investidas seria maior se fossem consideradas as empresas que ainda não divulgaram os valores transacionados.

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Os fundos de venture capital não apenas investem em startups, mas as ajudam a enfrentar desafios de negócios, a acessar grandes empresas e a receber oportunidades de novos investimentos.

Já os fundos de private equity também investem e apoiam empresas de capital fechado, inclusive de tecnologia, mas mais maduras do que as visadas pelo venture capital. No radar desses gestores estão companhias sem a robustez necessária para lançar ações no mercado, mas com modelos de negócio que já se provaram e que precisam apenas de um empurrão para mudar de patamar.

As startups preferidas pelos fundos

Esta foi a primeira vez que os investimentos de venture capital superaram os de private equity no Brasil. A indústria de VC somou R$ 14,6 bilhões, ante R$ 9 bilhões negociados pela indústria de PE.

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“A pandemia acelerou algumas tendências importantes, e uma delas é a maior importância das startups e dos fundos que apoiam seu crescimento”, afirmou em comunicado Roberto Haddad, líder e sócio de Private Equity e Venture Capital da KPMG no Brasil.

As fintechs e insurtechs, startups das áreas de serviços financeiros e de seguros, foram as mais procuradas pelos fundos. As duas categorias respondem por 23% do número de empresas investidas.

Aparecem na sequência os segmentos de healthtech (saúde, 22%) e adtech & martech (publicidade, 10%).

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Setor da startup Empresas investidas  Empresas investidas (%)
Adtech & Martech     26 10%
AgTech       8 3%
Cloud       2 1%
ConstruTech & PropTech     14 5%
E-commerce       5 2%
Edtech       9 4%
Energy & CleanTech       5 2%
FinTech & InsurTech     58 23%
FoodTech       5 2%
HealthTech     27 11%
HRTech       9 4%
LawTech       6 2%
RetailTech     15 6%
Software     24 9%
Transportation & Mobility     19 7%
Outros     23 9%
Total   255 100%

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Mariana Fonseca

Subeditora do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre empreendedorismo, gestão e inovação. Coapresentadora do podcast e dos vídeos da marca Do Zero Ao Topo.