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SÃO PAULO – Os investimentos da indústria de venture capital (VC) e private equity (PE) somaram R$ 23,6 bilhões no país ao longo de 2020. É o segundo maior volume de capital de risco desde 2011, com queda de 7% sobre o valor visto em 2019.
As informações são de um estudo da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) e da consultoria KPMG. “O forte desempenho da indústria de PE e VC num ano tão complicado é mais uma evidência da robustez do ecossistema de investimentos em empresas no Brasil”, afirmou em nota Piero Minardi, presidente da ABVCAP.
255 companhias brasileiras receberam investimentos e informaram os valores dos aportes no último ano. 200 delas recebem aportes no segmento de VC, enquanto 55 captaram no segmento de PE. Segundo a associação, o número de empresas investidas seria maior se fossem consideradas as empresas que ainda não divulgaram os valores transacionados.
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Os fundos de venture capital não apenas investem em startups, mas as ajudam a enfrentar desafios de negócios, a acessar grandes empresas e a receber oportunidades de novos investimentos.
Já os fundos de private equity também investem e apoiam empresas de capital fechado, inclusive de tecnologia, mas mais maduras do que as visadas pelo venture capital. No radar desses gestores estão companhias sem a robustez necessária para lançar ações no mercado, mas com modelos de negócio que já se provaram e que precisam apenas de um empurrão para mudar de patamar.
As startups preferidas pelos fundos
Esta foi a primeira vez que os investimentos de venture capital superaram os de private equity no Brasil. A indústria de VC somou R$ 14,6 bilhões, ante R$ 9 bilhões negociados pela indústria de PE.
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“A pandemia acelerou algumas tendências importantes, e uma delas é a maior importância das startups e dos fundos que apoiam seu crescimento”, afirmou em comunicado Roberto Haddad, líder e sócio de Private Equity e Venture Capital da KPMG no Brasil.
As fintechs e insurtechs, startups das áreas de serviços financeiros e de seguros, foram as mais procuradas pelos fundos. As duas categorias respondem por 23% do número de empresas investidas.
Aparecem na sequência os segmentos de healthtech (saúde, 22%) e adtech & martech (publicidade, 10%).
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Setor da startup | Empresas investidas | Empresas investidas (%) |
Adtech & Martech | 26 | 10% |
AgTech | 8 | 3% |
Cloud | 2 | 1% |
ConstruTech & PropTech | 14 | 5% |
E-commerce | 5 | 2% |
Edtech | 9 | 4% |
Energy & CleanTech | 5 | 2% |
FinTech & InsurTech | 58 | 23% |
FoodTech | 5 | 2% |
HealthTech | 27 | 11% |
HRTech | 9 | 4% |
LawTech | 6 | 2% |
RetailTech | 15 | 6% |
Software | 24 | 9% |
Transportation & Mobility | 19 | 7% |
Outros | 23 | 9% |
Total | 255 | 100% |
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