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A tecnologia tem sido uma força motriz para a transformação em todos os setores da economia. Nesse contexto, a Distrito, a maior plataforma de tecnologias emergentes da América Latina, desempenha um papel crucial ao conectar empresas a soluções inovadoras e auxiliar na construção de diferenciais competitivos. Em uma entrevista exclusiva, Gustavo, founder e CIO da Distrito, compartilhou sua visão sobre o impacto das tecnologias emergentes e o papel da plataforma no ecossistema de startups.
A Distrito é uma plataforma que disponibiliza mais de 40 mil tecnologias emergentes para empresas de diversos setores, como indústria, logística, marketing e vendas.
Gustavo enfatiza que, nos dias atuais, é nas tecnologias emergentes que as empresas encontram seu verdadeiro diferencial competitivo. Antigamente, infraestruturas tradicionais, como ERPs e clouds, poderiam ser consideradas diferenciais, mas hoje em dia, são as tecnologias emergentes que impulsionam a inovação.
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“É ali que a tua logística vai entregar no mesmo dia o teu concorrente em 3 dias úteis, é ali que o teu e-commerce converte o dobro do que ele converte hoje.”
A plataforma da Distrito funciona como um intermediário entre startups e grandes empresas, conectando-as a soluções que podem agregar valor e acelerar o desenvolvimento de produtos e serviços. Através dessa conexão, as empresas podem implementar tecnologias já existentes no mercado, evitando a necessidade de desenvolvimento interno.
“Você tem tanta tecnologia já pronta lá fora, que muitas vezes você não precisa construir, né, gastar o tempo e o investimento para desenvolver algo que você já tem 10 opções super boas lá fora prontas”, diz Gustavo.
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Além de ajudar na identificação das soluções mais adequadas, a Distrito também oferece suporte durante a implementação das tecnologias emergentes. Gustavo ressalta que, atualmente, encontrar a solução certa não é o suficiente, é necessário garantir uma implementação eficaz. A plataforma auxilia as empresas desde o entendimento dos desafios até a fase de implementação, buscando garantir que as soluções sejam integradas de forma eficiente nos negócios.
Um dos pontos levantados durante a entrevista foi a importância de acompanhar o ritmo acelerado das transformações tecnológicas. Gustavo destaca que a inteligência artificial está popularizando-se e que as tecnologias exponenciais estão cada vez mais presentes em nosso cotidiano.
Diante disso, ele ressalta a necessidade das startups e das médias e grandes empresas se adaptarem para não perderem o “bonde” da inovação. “De repente, uma indústria toda pode ser desmantelada por uma solução inovadora através de uma inteligência artificial”, afirma Gustavo.
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Gustavo também compartilha sua visão sobre o futuro do mercado de tecnologias emergentes. Ele prevê um crescimento significativo nesse setor, com o surgimento de startups especializadas em diferentes segmentos. Setores como jurídico, vendas, fábricas e indústria 4.0 terão ferramentas especializadas baseadas em inteligência artificial.
No campo da saúde, por exemplo, hospitais poderão contar com uma diversidade de IA’s, desde diagnóstico de fraturas até identificação de tipos de câncer. Essa ampla adoção das tecnologias emergentes demandará que as empresas sejam ágeis em utilizar as ferramentas mais adequadas para impulsionar seus negócios e destacar-se no mercado.
Gustavo também aborda o impacto ético e a preocupação com a distribuição de riqueza. Gustavo enfatiza a importância de utilizar a tecnologia para democratizar, melhorar a renda e distribuir benefícios para toda a sociedade. Ele menciona a tendência de descentralização e democratização da tecnologia, onde soluções baseadas em blockchain têm surgido para distribuir o poder computacional e garantir uma abordagem mais igualitária.
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Contudo, Gustavo destaca que a ética humana será fundamental na determinação do resultado final da evolução tecnológica. “A ética do ser humano é que vai determinar, no final das contas, se o resultado disso vai ser algo bom ou algo ruim”, diz Gustavo
Gustavo também chamou atenção para as fintechs, startups do mercado financeiro. “O Brasil tem se destacado como uma referência global em fintechs, exportando softwares de ponta e sendo reconhecido pela excelência em soluções financeiras inovadoras.”
Gustavo ressalta a importância do ambiente favorável para esse crescimento, incluindo regulamentações do Banco Central, o avanço do Open Finance e o surgimento de soluções como o Pix e a Real Digital. “O Brasil já é o país número um em Open Finance no mundo, já passou a Inglaterra.”, diz Gustavo
Há ainda a fusão entre fintechs e diversas indústrias, como o agronegócio e a saúde. A integração do crédito com esses setores permite o acesso facilitado a tecnologias e recursos financeiros, aumentando a eficiência e melhorando o acesso a serviços essenciais, como tratamentos de saúde.
Nessa convergência, muitas empresas que originalmente não são fintechs também estão se transformando nesse segmento, acompanhando a tendência de inovação e a demanda por soluções financeiras mais ágeis e acessíveis.
Ele prevê uma revolução no sistema financeiro, onde os grandes players terão que competir com as startups que estão surgindo. “Os grandes players vão ter que estar preparados para estar brigando com as formiguinhas, diz Gustavo.
Por Ana Medici, apresentadora do Trilha da Inovação.