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A Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) revisou para cima suas estimativas para os volumes de produção e exportação de soja em grão e derivados (farelo e óleo) em 2023. A entidade reúne as principais empresas do segmento em operação no país, como as multinacionais ADM, Bunge, Cargill, Cofco e Louis Dreyfus Company (LDC) e a brasileira Amaggi.
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Depois do clima favorável ao desenvolvimento das lavouras na safra 2022/23, a Abiove passou a calcular a colheita do grão em 156 milhões de toneladas, 1 milhão a mais que o indicado no mês passado e resultado 20,1% superior ao do ciclo 2021/22, quando uma forte estiagem prejudicou as plantações da região Sul e de parte de Mato Grosso do Sul.
Processamento
Com esse novo recorde histórico, a conta para o processamento da matéria-prima em 2023 subiu 0,4% e passou a sinalizar um total de 52,2 milhões de toneladas, ante 50,9 milhões em 2022 – a produção de farelo de soja deverá crescer 3,8%, para 40,7 milhões de toneladas, e a de óleo tende a aumentar 8,1%, para 10,7 milhões de toneladas.
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“Com a safra maior, teremos um processamento também um pouco maior, incremento das exportações em condições competitivas e, ao mesmo tempo, estoques confortáveis do grão”, afirmou Daniel Amaral, diretor de Economia e Assuntos Regulatórios da Abiove, ao InfoMoney. Entre outras finalidades, o farelo é destinado à fabricação de rações, enquanto o óleo serve para a produção de alimentos e biodiesel, por exemplo.
Exportações
De acordo com a Abiove, os embarques de soja em grão deverão alcançar 97 milhões de toneladas, 23,3% mais que em 2022 e também um novo recorde, enquanto os de farelo vão crescer 7,4%, para 21,9 milhões, e os de óleo cairão 11,5%, para 2,3 milhões de toneladas. Em parte, essa queda reflete o incremento da demanda doméstica para a produção de biodiesel após o aumento da mistura do produto no diesel de 10% para 12%, em março.
Em geral, os volumes são maiores que os estimados em maio, e com isso o cálculo da entidade para a receita total das exportações do “complexo soja” subiu para US$ 65,5 bilhões, divididos entre grão (US$ 52,6 bilhões), farelo (US$ 10,3 bilhões) e óleo (US$ 2,6 b bilhões). O montante é levemente inferior ao projetado no mês passado (US$ 65,9 bilhões), por causa de uma correção para baixo no preço médio de venda do farelo, de US$ 500 para US$ 480 por tonelada.
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Amaral não descarta que as associadas da Abiove também ajustem nos próximos meses a conta para o preço médio das exportações do grão, a depender do desenvolvimento das lavouras da safra 2023/24 nos Estados Unidos. O cálculo atual indica US$ 550 por tonelada. Brasil e EUA são, nesta ordem, os maiores produtores e exportadores de soja do mundo.
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