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A gigante chinesa de tecnologia Huawei estimou nesta sexta-feira (30) que sua receita em 2022 permanecerá estável, sugerindo que o declínio de suas vendas devido às sanções dos Estados Unidos foi interrompido.
Apesar de um aumento marginal de 0,02% nas vendas, o presidente Eric Xu adotou um tom otimista na carta anual de Ano Novo da empresa, onde revelou o número. “As restrições dos EUA agora são nosso novo normal e voltamos aos negócios como sempre”, escreveu Xu.
A receita para o ano deve ser de 636,9 bilhões de yuans (US$ 91,53 bilhões), de acordo com o executivo. Isso representa leve avanço ao resultado de 2021 (636,8 bilhões de yuans), ano em que a empresa viu suas vendas anuais recuarem 30% por conta das sanções americanas.
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A carta de Xu não mencionou qual foi o lucro da Huawei em 2022. A empresa normalmente divulga seus resultados anuais completos no primeiro trimestre do ano seguinte.
A receita para 2022 ainda permaneceu bem abaixo do recorde da empresa de US$ 122 bilhões em 2019. Na época, a empresa estava no auge como a principal fornecedora de smartphones Android do mundo.
Em 2019, o governo dos EUA Trump impôs uma proibição comercial à Huawei, citando preocupações de segurança nacional, que proibiu a empresa de usar o Android para seus novos smartphones, entre outras tecnologias críticas de origem americana.
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As sanções fizeram com que as vendas de aparelhos celulares despencassem. Ela também perdeu o acesso a componentes fundamentais, o que a impediam de projetar sua linha de processadores para smartphones em sua divisão de chips HiSilicon.
A empresa continua gerando receita por meio de sua divisão de equipamentos de rede, mercado em que compete com a Nokia e a Ericsson. Também opera uma divisão de computação em nuvem.
A empresa começou a investir no setor de veículos elétricos (EV), bem como em tecnologias verdes na época em que as sanções entraram em vigor.
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“O ambiente macro pode estar repleto de incertezas, mas o que podemos ter certeza é que a digitalização e a descarbonização são o caminho a seguir e é onde estão as oportunidades futuras”, concluiu Xu, na carta.