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O ano de 2018 foi excelente para o Grupo IBS Energy. Uma trajetória crescente e consistente ao longo dos últimos cinco anos. Sua carteira de clientes aumentou cinco vezes no período, multiplicando por seis o número de unidades gerenciadas. E o mais importante, com índice de retenção de clientes superior a 90%. Esse progresso combinado fez o faturamento saltar de R$ 84,6 milhões em 2014 para R$ 383,4 milhões em 2018.
Em entrevista, o CEO do Grupo IBS Energy, Antonio Bento, fala como foi possível aumentar o faturamento ano a ano de forma tão expressiva, ampliar os negócios com o braço de trading e iniciar projeto em geração de energia.
Como o Grupo IBS Energy vem mantendo elevados índices de crescimento e como foi o resultado em 2018, um ano bem atípico para a economia?
O Grupo IBS Energy atua como um gestor estratégico de energia. Isto significa oferecer um portfólio de produtos e serviços bastante abrangente no que toca a energia. Dentre eles: auditoria de contas para adequação e recuperação de impostos, assessoria técnica e jurídica, migração para o ambiente de contratação livre, eficientização energética, monitoramento de cargas, projetos estruturados, entre outros. Resumidamente, o Grupo se coloca como o parceiro de escolha de seus clientes no que se refere à gestão global de energia. Por conta disso, mantém crescimento consistente de suas operações. Os negócios saltaram de R$ 84,6 milhões em 2014 para R$ 383,4 em 2018. Um CAGR – Compound Average Growth Rate – de 46% no período. O EBITDA – Earnings Before Interest, Tax, Depretiation and Amortization – nunca inferior a 10% ao ano no mesmo período. Liquidez corrente equivalente a duas vezes ao passivo circulante obtida por meio de gestão bastante séria e conservadora do seu capital de giro, sem deixar de mencionar a qualidade de suas contrapartes envolvidas no processo. Coroando esse desempenho, o Grupo dobrou seu Patrimônio Líquido, refletindo a confiança dos sócios nos negócios. Tudo isso alicerçado pela adoção de bons princípios de governança, com Conselho Deliberativo, políticas e processos internos bem estruturados e uma auditoria externa competente por parte da Grant Thornton.
Para 2019, o Grupo prevê um volume de negócios da ordem de R$ 422 milhões, um crescimento modesto de 10% em relação ao ano anterior, mas com algum grau de conservadorismo num ano de tantas mudanças nos ambientes político e econômico.
Como o Grupo IBS Energy manteve esse crescimento expressivo? A que atribui esses resultados?
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Antes de mais nada, contamos com equipe altamente capacitada para atender um mercado que exige sólida experiência e conhecimento altamente técnico. Todos os nossos colaboradores, das mais diferentes áreas, possuem formação superior. Do total, pelo menos 38% são pós-graduados, com cursos de MBA e Mestrado. Com essa equipe, conseguimos atender às mais diferentes demandas de nossos clientes no trabalho de gestão estratégica de energia. A qualidade e competência da equipe permitem antecipar possíveis problemas e ajustes que precisam ser feitos para acompanhar os movimentos de cada cliente de nossa carteira, seja pelo aumento ou redução de consumo de acordo com suas características e necessidades. Nossos clientes operam nos mais diferentes setores da economia – como varejo, automotivo, químico, farmacêutico, alimentício, bebidas, embalagens, eletrônicos, entre outros – e demandam soluções que considerem as peculiaridades dos seus mercados. A retração econômica pela qual passamos recentemente exigiu de nossa empresa essa atuação diferenciada para contribuir com a competitividade de nossos clientes diretamente afetados por esse cenário. Nós trabalhamos para garantir qualidade no fornecimento, de forma competitiva e, principalmente, lastreados numa análise estruturada de inteligência e riscos; constantemente monitorados. Crescer e manter a qualidade dos nossos serviços tem sido a nossa meta principal e que permeia todo o trabalho desenvolvido. Adicionalmente, e não menos importante, o fato de oferecermos e entregarmos um portfólio abrangente de produtos e serviços que endereçam às principais demandas dos nossos clientes.
Falando em projetos para clientes, quais foram os mais complexos?
Neste momento, gerenciamos inúmeros projetos de subestações em alta tensão, parte do nosso portfólio de produtos e serviços. Dentre eles, destacamos três projetos de subestações e passagem de linhas de transmissão de energia, exatamente pelas suas complexidades e abrangências. Dois deles, para um grupo de condomínios industriais que tem na falta de energia uma restrição para alugar seus espaços, ou seja, para fazer funcionar a parte nuclear dos seus negócios. E um terceiro, inaugurado em fevereiro, para importante multinacional fabricante de medicamentos e com forte atuação em mercados externos. A restrição é a mesma dos condomínios. Nos três casos, uma atuação completa, desde a concepção do projeto, passando pelo gerenciamento de avaliações ambientais, técnicos, arqueológicas e, onde apropriado, como o caso do fabricante de medicamentos, negociações com proprietários de terras para obtenção do direito de uso de passagem. Pacote completo!
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Em 2018, o Grupo IBS Energy iniciou projeto de termelétrica movida à biomassa. Por que tomou essa decisão e como está o andamento deste empreendimento?
O projeto vem sendo gestado desde 2014, tendo como base uma avaliação criteriosa, sustentada numa visão muito clara das fragilidades do sistema elétrico brasileiro e nas possibilidades de obtenção de energia nos próximos anos. Adicionalmente, estamos seguros que a geração de energia completará o nosso portfólio de produtos e serviços. É o que nos falta! A Termelétrica Cidade do Livro, em Lençóis Paulista-SP, está com todos os cronogramas em ordem, e em fase de conclusão por parte de engenharia. O início do despacho de energia, está previsto para a segunda metade de 2021. A termelétrica será movida à biomassa, tendo como principal fonte o cavaco de madeira para geração de energia limpa, verde e renovável. E possibilitando a pegada de carbono, sem que isso seja o fator decisório do ponto de vista de retorno financeiro, mas sim o coroamento de um trabalho completo em busca da produção de uma energia efetivamente limpa.
Qual é o cenário para o mercado de energia em 2019 e as expectativas com o novo governo?
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As perspectivas continuam de crescimento. Em 2018, até em função da boa modelagem que fazemos para nossos clientes, o nível de consumo ficou menos de 2% abaixo do que chamamos flat. Para 2019, além dos novos clientes, esperamos um crescimento vegetativo ao redor dos 2,5%. As perspectivas para a economia são animadoras – embora sem grandes arroubos para o PIB – a produção industrial cresce e demanda por mais energia. O novo governo trouxe para o sistema elétrico gente competente e que recebeu apoio dos agentes. E acena, vigorosamente, com privatizações que há muito o mercado espera. Então, temos pela frente, um cenário bastante animador.
Os acontecimentos recentes no mercado de energia com o aumento abrupto dos preços no mercado livre mudam os planos da empresa?
Seguimos com o nosso plano de trabalho e metas previstas para este ano de 2019. Até porque fizemos uma previsão de crescimento bastante conservadora. Não enxergamos nenhum fato relevante que possa provocar grandes alterações no rumo de nossas projeções. No que toca ao evento ocorrido com uma comercializadora de energia e à despeito de uma provável contaminação de algumas contrapartes, o Grupo IBS Energy já tem mapeados os possíveis efeitos de uma turbulência no mercado e potencial impacto em suas operações e está absolutamente seguro de poder absorvê-lo. Nossa estrutura de capital de giro – sólida liquidez corrente, bons recebíveis e contratos com diversificadas e bem estruturadas contrapartes – aliada à adoção de boas práticas de inteligência e riscos sustentam essa posição. Diligência nos processos de auditoria e controle completam nossa atuação na gestão do portfólio de negócios. Está claro para o nosso Grupo que o mercado merece monitoramento constante e é o que fazemos como parte das nossas práticas de negócios e gestão.
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