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SÃO PAULO – O Mercado Livre anunciou na última quarta-feira (5), em coletiva de imprensa, novos produtos financeiros que entram para seu portfólio da Mercado Pago, braço financeiro da empresa.
Uma das novidades é o rendimento automático do saldo da conta da fintech, tal como oferece a NuConta, do Nubank: basta o usuário depositar o dinheiro nesta conta que a quantia é automaticamente aplicada em algum título público. No caso do Mercado Pago, os depósitos serão aplicados no Tesouro Selic, que oferece hoje uma remuneração próxima de 5,2% ao ano.
Ainda falando sobre a conta, será possível realizar transferências via TED e DOC e abrir contas-salário a partir de 2019. Também a partir de janeiro, a fintech passará a oferecer um cartão de crédito, além do pré-pago já disponibilizado aos correntistas hoje.
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Todos os lançamentos vêm logo após o Mercado Livre receber, em novembro, a autorização do Banco Central para se transformar em uma instituição de pagamentos. Antes, os serviços financeiros oferecidos eram operados em parceria com instituições financeiras.
QR Code
A empresa anunciou também que já são mais de 50 mil estabelecimentos no Brasil que aceitam o pagamento por QR Code oferecido pelo aplicativo da Mercado Pago desde setembro.
Esse é um dos produtos em que a empresa tem investido para aumentar a penetração no mercado: ela não cobra, dos lojistas, taxa sobe as transações e oferece diversas promoções em parcerias com os estabelecimentos, incentivando essa forma de pagamento.
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Sem divulgar o número de usuários que usam o pagamento com QR Code, Túlio Oliveira, diretor geral da fintech, disse que a penetração ainda é muito pequena no país, mas que na empresa apresenta taxa de crescimento de 40%, tanto de usuários quanto de estabelecimentos cadastrados.
Maquininhas
O Mercado Pago também opera em um dos setores que hoje enfrentam forte concorrência, o dos terminais de pagamento – as chamadas “maquininhas”. Desde 2015 ela oferece a Point, maquininha voltada para microempreendedores semelhante à Minizinha, do MercadoLivre.
Trazer novidades para a Point com o objetivo de operar com varejistas de médio e grande porte também está nos planos da fintech. Esse é o próximo passo para sair à frente na “guerra das maquininhas”.
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Do e-commerce para o mercado financeiro
Na opinião de analistas do setor, “faz sentido” que grandes players do e-commerce, como o Mercado Livre, entrem cada vez mais para o setor de produtos financeiros, considerando que os consumidores hoje fazem uso dos produtos financeiros cada vez mais através de seus smartphones e tabletes.
Segundo avaliação de especialistas, o principal objetivo é aumentar a lealdade dos consumidores ao fazer parte de seu dia a dia, o que vai além do ato de comprar e envolve uma gama completa de serviços, como carteira digital, pagamentos móveis e gestão de ativos. Foi esse movimento que deu certo na China.
Eles reforçam que o desenvolvimento das plataformas financeiras de varejistas é “positivo” para o MELI, mas que este mercado deve ficar ainda mais competitivo, dado o IPO do PagSeguro e Stone e as estratégias agressivas da Cielo e Rede para ganhar o mercado.
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