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SÃO PAULO – Pioneira do private equity no Brasil, a GP Investments e seus sócios nunca precisaram fazer grandes introduções sobre a história e estratégia da gestora em reuniões com empresários brasileiros. Mas quando resolveram desbravar o cenário internacional, Fersen Lambranho, presidente do conselho de administração, e Antônio Bonchristiano, presidente-executivo da GP, tiveram que explicar aos estrangeiros até onde o Brasil estava localizado no mapa-múndi.
“Não é fácil sair de um país onde todo mundo te recebe e conhece e ir para um lugar onde as pessoas não sabem nem onde o seu país fica direito”, relatou Lambranho em entrevista ao podcast Do Zero ao Topo. “Mas a gente sentiu, em 2014, que era preciso abrir o nosso horizonte. O prêmio que buscamos é ter uma visão mais completa do mundo.”
Com um portfólio cada vez maior no exterior, a GP Investments com um histórico de mais de US$ 5 bilhões captados e investimento em mais de 50 empresas, já tem uma outra empreitada: a compra de participação em empresas de tecnologia. Por meio de sua subsidiária G2D, a gestora tem em seu portfólio startups brasileiras como Quero Educação e Mercado Bitcoin.
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A trajetória de Lambranho e da criação da GP são temas do episódio 86 do podcast Do Zero ao Topo. É possível seguir o programa e escutar a entrevista em Spotify, ApplePodcasts, Deezer, Spreaker, Google Podcast, Castbox, Amazon Music e outros agregadores de áudio do país.
Lambranho e Bonchristiano moram em Londres e Nova York, respectivamente, cidades para as quais se mudaram após definirem a ambição internacional, em 2014. Na época, a gestora ainda enfrentava críticas no Brasil após um período intenso de investimentos e a perda de capital em empresas como a de implantes dentários Imbra, a de perfuração de óleo e gás San Antonio e a do setor lácteo LBR.
“Aceleramos muito em 2007 e 2008 e aí veio a crise. Foi com essa experiência que aprendemos a importância de não fazer muitos investimentos no mesmo horizonte de tempo”, afirmou Lambranho sobre o período.
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No exterior, a GP iniciou suas aquisições em 2016, com a compra da gestora suíça Spice. Desde então, adquiriu participações em negócios como a empresa americana de manutenção de softwares Rimini Street (que, listada na Nasdaq, vale hoje US$ 644 milhões) e as a redes de restaurantes Leon e Bravo Brio.
Enquanto buscava ativos internacional, a GP também acompanhava a varejista Centauro (CNTO3) no Brasil, que faz parte de seu portfólio desde 2012. Ao analisar o cenário e a trasformação digital da Centauro, Lambranho e Bonchristiano decidiram investir em startups.
Os investimentos em empresas de base tecnológica no exterior aconteceram por meio da subsidiária Expanding Capital e, na maioria das transações, usando capital proprietário. No Brasil, a GP logo investiria em empresas como a Quero Educação, Blu Pagamentos, Mercado Bitcoin e Sim;paul.
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Em 2020, a GP separou os ativos de tecnologia em uma nova subsidiária: a G2D Investments. A G2D está em processo de abertura de capital e nesta semana definiu a faixa de preço entre R$ 5,73 e R$ 8,59 para uma oferta pública inicial de ações por meio de BDRs. Lambranho não falou sobre o processo de IPO. Confira a história completa da GP no podcast.
Sobre o Do Zero ao Topo
O podcast Do Zero ao Topo traz, a cada semana, um empresário de destaque no mercado brasileiro para contar a sua história, compartilhando os maiores desafios enfrentados ao longo do caminho e as principais estratégias utilizadas na construção do negócio.
O programa já recebeu nomes como André Penha, cofundador do QuintoAndar, David Neeleman, fundador da Azul, José Galló, executivo responsável pela ascensão da Renner, Guilherme Benchimol, fundador da XP Investimentos, Artur Grynbaum, CEO do Grupo Boticário, Sebastião Bonfim, criador da Centauro e Edgard Corona, da rede Smart Fit.