Por Jeffrey Dastin
(Reuters) – O Google iniciou na terça-feira o lançamento público de seu chatbot Bard, buscando usuários e feedback para ganhar terreno sobre a Microsoft em uma corrida acelerada sobre tecnologia de inteligência artificial.
Com início nos Estados Unidos e no Reino Unido, os consumidores podem entrar em uma lista de espera para acessar o programa anteriormente aberto apenas para testadores aprovados.
O Google descreve o Bard como um experimento que permite a colaboração com inteligência artificial generativa, tecnologia que depende de dados anteriores para criar, em vez da identificação do conteúdo.
O lançamento no ano passado do chatbot rival ChatGPT, da startup OpenAI apoiada pela Microsoft, causou uma corrida no setor de tecnologia para colocar a inteligência artificial nas mãos de mais usuários. A esperança é reformular a forma como as pessoas trabalham e fazem negócios no processo.
Na semana passada, o Google e a Microsoft anunciaram várias novidades sobre inteligência artificial, com dois dias de intervalo. As empresas estão colocando tecnologia de criação de rascunhos em seus processadores de texto e outros softwares de colaboração, como ferramentas de marketing para desenvolvedores criarem seus próprios aplicativos baseados em inteligência artificial.
Questionado se a dinâmica competitiva estava por trás do lançamento do Bard, Jack Krawczyk, diretor sênior de produtos, disse que o Google está focado nos usuários. Os testadores internos e externos recorreram ao Bard para “aumentar sua produtividade, acelerar suas ideias e realmente alimentar sua curiosidade”, disse.
Em uma demonstração do site bard.google.com à Reuters, Krawczyk mostrou como o programa produz blocos de texto em um instante, enquanto o rival ChatGPT digita as respostas palavra por palavra.
O Bard também incluiu um recurso mostrando três versões diferentes ou “rascunhos” de qualquer resposta entre as quais os usuários podem alternar, e exibiu um botão para “dar um Google”, caso um usuário deseje resultados da web para uma consulta.
A precisão, no entanto, ainda é uma preocupação. “O Bard nem sempre acertará”, alertou um aviso do Google durante a demonstração. No mês passado, um vídeo promocional mostrou o programa respondendo a uma pergunta incorretamente, ajudando a reduzir em 100 bilhões de dólares o valor de mercado da Alphabet, controladora do Google.
O Google destacou alguns erros durante a demonstração desta semana para a Reuters, por exemplo, dizendo que o programa alegou erroneamente que as samambaias exigiam luz indireta em resposta a uma consulta.
“Conhecemos as limitações da tecnologia e, portanto, queremos ser muito prudentes no ritmo em que a implementamos”, disse Krawczyk.