Publicidade
SÃO PAULO – Apesar da perspectiva de melhoria gradual dos resultados da Usiminas (USIM3; USIM5) daqui em diante, o Santander não enxerga atratividade nos papéis preferenciais da siderúrgica – reiterando a perspectiva de que os papéis irão performar abaixo da média do mercado pelos próximos meses e em 2013.
Isso porque, de acordo com os analistas Felipe Reis e Alex Sciacio, os avanços nos números da companhia não são expressivos o suficiente para sustentar uma visão mais favorável sobre os ativos.”Vemos as ações já descontando tais melhorias e sendo negociadas à frente de si mesmas, impulsionadas por uma atividade de recompra e pelo fluxo de notícias”, afirmam.
De fato, os analistas vislumbram um risco de baixa para as ações e, portanto, apresentam preço-alvo de R$ 7,00 por ação USIM5 para dezembro de 2013, inferior ao alvo de R$ 12,00 previsto para o final deste ano. O potencial de desconto é de 34,88% sobre a cotação de fechamento de quarta-feira (12). O target para o ano que vem é um dos mais baixos do mercado, enquanto a recomendação de “abaixo da média” foi mantida.
Continua depois da publicidade
O Santander vai na contramão do consenso do mercado, que acredita que o fluxo de notícias positivas sobre a companhia pode sustentar o preço das ações aos níveis atuais. De qualquer forma, o ponto de vista do banco espanhol é compartilhado pelo HSBC, que vê um cenário desanimador para as siderúrgicas, apesar do recente rali dos papéis de empresas do setor.
Na avaliação de Reis e Sciacio, os riscos do investimento em Usiminas incluem preços e/ou demanda por aço acima das expectativas; recuperação econômica mais lenta que o esperado no Brasil e a queda maior que o previsto nos preços das matérias-primas.