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A nova administração da exchange de criptomoedas falida FTX está tentando recuperar mais de US$ 240 milhões referentes à aquisição da plataforma de negociação de ações Embed, sob a alegação de que ex-executivos da bolsa cripto não fizeram nenhuma investigação antes de comprar a plataforma de software, que seria essencialmente “inútil e cheia de bugs”.
A FTX ingressou com três processos na quarta-feira (17) junto ao Tribunal de Falências dos Estados Unidos em Delaware mirando ex-executivos da exchange, como o fundador Sam Bankman-Fried e acionistas e executivos da Embed, incluindo o fundador Michael Giles.
A FTX alegou que Bankman-Fried e outros membros da empresa se apropriaram indevidamente dos recursos da companhia para adquirir participações na Embed como parte da transação.
A companhia concluiu a aquisição da Embed apenas seis semanas antes da bolsa de criptomoedas falir, em novembro, e perdeu bilhões em dinheiro de clientes enquanto sustentava seus próprios investimentos de risco. Para o atual presidente-executivo da FTX, John Ray, a estratégia é nada mais que “peculato à moda antiga”.
Recentemente, a FTX tentou vender a Embed, mas o maior lance foi de Giles, que ofereceu apenas US$ 1 milhão.
O leilão da FTX “não deixa dúvidas” de que os milhões de dólares gastos para adquirir a Embed foram “descontroladamente inflacionados em relação ao valor justo da empresa, que Giles conhecia muito bem”, escreveu a companhia em seu processo.
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A FTX pretendia usar o software da Embed para adicionar negociação de ações à sua plataforma de criptomoedas, mas o software da companhia era “essencialmente inútil”, afirmam os documentos judiciais.
A empresa não executou quase nenhuma investigação sobre a Embed e “priorizou a velocidade acima de tudo”, acrescentaram.
A FTX está tentando recuperar US$ 236,8 milhões de Giles e dos executivos da Embed, e US$ 6,9 milhões dos acionistas minoritários da Embed.
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(Com informações da Reuters)