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(Bloomberg) — A Ford Motor se prepara para cortar cerca de 1.000 empregos assalariados na América do Norte. A montadora foca em seu mercado doméstico para reduzir custos como parte da reestruturação global de US$ 11 bilhões iniciada há dois anos, em meio à projeção de prejuízo operacional em 2020.
Os cortes de empregos têm como objetivo melhorar a eficiência da montadora e não estão relacionados ao aumento dos custos da pandemia de coronavírus, disseram na segunda-feira pessoas com conhecimento do assunto, que não quiseram ser identificadas. Um anúncio pode ser feito ainda nesta semana, disseram as fontes.
A Ford conduz uma ampla reorganização enquanto busca reverter resultados negativos e alcançar o que o CEO Jim Hackett chama de “fitness financeiro”. A empresa espera registrar prejuízo operacional anual pela primeira vez em uma década.
No ano passado, a Ford fechou fábricas e eliminou milhares de empregos na Europa, onde tem perdido dinheiro. Na América do Norte – a região mais rentável da montadora graças às picapes F-Series -, os cortes são menores e devem vir na forma de programas de demissão voluntária. Os cortes se somam às 2.300 demissões previamente anunciadas de trabalhadores assalariados nos Estados Unidos durante o mandato de Hackett.
A Ford cortou 7.000 empregos assalariados no mundo todo no ano passado na primeira rodada da reestruturação global. Esses cortes devem resultar em economias de US$ 600 milhões por ano para a empresa. A montadora empregava 190.000 pessoas globalmente no final de 2019.
Um porta-voz da Ford não quis comentar sobre as recentes demissões.
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BMW
O impacto da pandemia também é sentido por outras montadoras. A BMW planeja cortes não especificados na força de trabalho assalariada dos EUA. A montadora alemã planeja reduzir o número de funcionários “para se alinhar às condições atuais do mercado”, disse um porta-voz na segunda-feira. As vendas da BMW na América do Norte caíram quase 40% no segundo trimestre.
A nova rodada de cortes de empregos de colarinho branco da Ford foi reportada pela primeira vez pelo StreetInsider.com.