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A decisão da Ford de encerrar a produção no Brasil afeta diretamente 5,3 mil pessoas empregadas pela montadora nas três fábricas que estão sendo desativadas.
O maior contingente está na fábrica de Camaçari, onde 4,06 mil trabalhadores estão envolvidos na produção dos modelos EcoSport e Ka e motores, além de áreas administrativas. Em Taubaté (SP), onde são produzidos motores e transmissões, são mais 830 funcionários, que se somam a 460 trabalhadores da fábrica dos jipes Troller em Horizonte (CE).
Os números são de trabalhadores empregados diretamente pela Ford. Não incluem, portanto, os empregados de fornecedores de peças da montadora, que também são afetados pela medida.
Nesta segunda-feira, ao anunciar o fim da produção no Brasil, a Ford garantiu que vai “imediatamente” trabalhar num plano “justo e equilibrado” com os sindicatos para minimizar impactos do fechamento das fábricas.
Pegos de surpresa, os sindicatos que representam os metalúrgicos das fábricas de Camaçari e Taubaté convocaram assembleias em frente aos portões das duas unidades.
Em Taubaté, a manifestação foi chamada para a tarde desta segunda, enquanto na fábrica baiana deve ocorrer na terça de manhã.
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O presidente do sindicato dos metalúrgicos de Camaçari, Júlio Bonfim, diz que o anúncio aos trabalhadores foi feito às 14 horas, via videoconferência, pelo presidente da Ford na América do Sul, Lyle Watters.
“Fomos pegos de surpresa. Fomos chamados às 14 horas e anunciaram o fechamento”, diz Bonfim, que tem uma reunião com a direção da montadora marcada para segunda-feira, quando as partes começarão a discutir as indenizações trabalhistas.
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