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SÃO PAULO – A Fiat Chrysler Automobiles (FCA) afirmou nesta sexta-feira (17) que está em negociações com a Foxconn, maior fabricante de componentes eletrônicos do mundo, sobre os planos de criar uma joint venture para o desenvolvimento de veículos elétricos.
A Foxconn tem sede em Taiwan e é um das fornecedoras de peças para o iPhone, da Apple e aparelhos da Samsung e da Intel, por exemplo.
A parceria proposta inicialmente se concentrará no mercado chinês e as duas empresas estão “perto de assinar um acordo preliminar que guiará outras discussões destinadas a chegar a acordos definitivos nos próximos meses”, informou a FCA em comunicado.
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Na prática, a FCA vai cuidar da fabricação e a gigante de tecnologia de Taiwan vai gerenciar a parte de software.
O conglomerado dono de marcas como Fiat, Jeep e Dodge ficou para trás de seus concorrentes na adoção de tecnologia para veículos elétricos. Empresas como Chevrolet, Renault e Ford já possuem projetos bem mais adiantados nesse sentido.
Além disso, a montadora iniciou recentemente uma fusão com a francesa PSA Group, que fabrica carros sob as marcas Peugeot e Citroën, entre outras, em parte para melhor se posicionar em um cenário automotivo competitivo e que enfrenta mudanças.
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A montadora ítalo-americana disse, ainda, que não há garantia de que um acordo final seja alcançado.
Joint Venture pode ser um acerto
Ajudada pelas políticas e subsídios do governo, a China se tornou o maior mercado de veículos elétricos do mundo e continuou a crescer no ano passado, apesar da desaceleração no mercado automotivo geral do país. As vendas de veículos elétricos aumentaram 6% em 2019 em comparação a 2018, apesar das vendas gerais de carros terem caído 8%.
E, embora a economia da China esteja esfriando após décadas de rápido crescimento, a expectativa é de que o mercado de veículos elétricos supere facilmente os da Europa e dos EUA na próxima década.
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Assim, a FCA pode se beneficiar e entrar de vez no mercado de elétricos, e em troca, a Foxconn obteria ajuda para diversificar a tecnologia de consumo que oferece. Inclusive, o presidente da Foxconn, Young Liu, afirmou ao jornal Nikkei, que ele acredita que a mudança para veículos elétricos poderia, em última análise, representar 10% das vendas totais da empresa.
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