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SÃO PAULO – O resultado inconclusivo sobre o prospecto Santos 2 pode prejudicar as ações da Queiroz Galvão Exploração e Produção (QGEP3), apontam os analistas do Itaú BBA e do Santander. A empresa deposita a esperança de que esse prospecto superaria as estimativas da consultoria Gaffney, Cline & Associates, mas os resultados finais só devem ser anunciados de 6 a 8 semanas.
Há outros catalisadores para as ações, já que os resultados de Santos 4 serão divulgados somente no final de março, os do poço Carcará em maio, e do Jeq 2 em julho, destaca Vicente Falanga Neto, do Santander. Para ele, a empresa pode encontrar petróleo ao invés de gás tanto em Santos 4 e Jeq 2, o que impulsionaria as ações.
Já Paula Kovarsky e Diego Mendes, do Itaú BBA, dizem que há riscos de atrasos adicionais nos resultados de Santos 3 e Santos 4, lembrando que as estimativas originais para Santos 2 eram para outubro de 2011. Eles lembram que a companhia e a operadora do poço, a Petrobras (PETR3; PETR4), tentam alcançar o pré-sal através desse poço, o que não apenas atrasou o processo, como também fez com que a perfuração fosse mais longe do que o previamente desejado, tornando-a mais arriscada.
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Recomendações
Mesmo com essa situação, os analistas do Itaú possuem uma recomendação de outperform (performance acima do mercado) para os papéis da companhia, com preço-alvo de R$ 27,2 para o final do ano – um potencial teórico de valorização de 99,27% frente ao fechamento de sexta-feira (3). Eles ainda veem maior potencial por conta dos blocos BM-S-8 e BS-4, não incluídos em seu modelo.
Já o analista do Santander possui recomendação de manutenção para esses papéis, e possui em preço-alvo de R$ 19,00 para o final de 2012 – potencial teórico de valorização mais modesto de 39,19% para a petrolífera.