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(Bloomberg) — Um ex-banqueiro do Credit Suisse, mais conhecido por seu papel na privatização de estatais na Rússia após a queda do comunismo, agora capitaliza outro momento transformador, desta vez nos Estados Unidos.
Boris Jordan, 53 anos, está ficando rico com o negócio de cannabis. Sua participação de 31% na Curaleaf Holdings, a maior empresa americana de maconha em valor de mercado, está avaliada em mais de US$ 1 bilhão, segundo o Índice de Bilionários Bloomberg.
A trajetória de Jordan até o mercado de maconha começou em 2013, quando sua firma de private equity Sputnik, com sede em Moscou, investiu na PalliaTech, fabricante de dispositivos médicos. Jordan e os sócios investiram mais de US$ 100 milhões para transformar a empresa em uma rede nacional, agora chamada Curaleaf, que na quarta-feira anunciou a compra da Grassroots Cannnabis, de Chicago, em um acordo em dinheiro e ações avaliado em cerca de US$ 875 milhões.
A Curaleaf opera 47 dispensários e 13 instalações de cultivo em 12 estados, segundo o site da empresa. Recentemente, a Curaleaf anunciou que começaria a vender produtos contendo canabidiol, ou CBD, um composto de cannabis não intoxicante, nas farmácias da rede CVS.
O modelo de negócios “verticalmente integrado da Curaleaf e agressiva estratégia de aquisições são adequados para prosperar no crescente mercado de cannabis legalizada dos Estados Unidos, disse Kenneth Shea, analista do setor de consumo da Bloomberg Intelligence.
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Uma onda verde varre atualmente os EUA, onde mais de 30 estados legalizaram a cannabis para fins médicos, sendo que cerca de uma dúzia permite o uso recreativo por adultos. A receita do mercado de maconha legalizada nos EUA pode mais que dobrar até 2022, para US$ 23,4 bilhões, segundo o Arcview Group, uma empresa de investimentos e pesquisa voltada para o setor de maconha.
Jordan, que foi diretor-gerente do Credit Suisse First Boston na década de 1990, também comanda a Measure 8 Venture Partners, uma gestora de recursos focada em maconha que recentemente lançou um hedge fund para fazer apostas compradas em empresas de cannabis dos EUA e com posições vendidas em produtores canadenses. Jordan não quis dar entrevista.
Neto americano de aristocratas russos que fugiram dos bolcheviques, Jordan ajudou o governo russo a vender várias empresas estatais durante o processo de privatização logo após o colapso da União Soviética. Formado pela Universidade de New York, Jordan comandou o escritório do Credit Suisse em Moscou e ajudou a desenvolver o mercado acionário russo.
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