Economia brasileira deve se recuperar ao longo do 2º semestre, diz Itaú

O economista-chefe do banco, Ilan Goldfajn, afirma que retomada deve ser motivada por incentivos do governo

Nara Faria

Publicidade

SÃO PAULO – O economista-chefe do Itaú Unibanco (ITUB4), Ilan Goldfajn, enxerga um cenário de baixo crescimento se consolidando no mundo, o que deve fazer o Brasil buscar reforço no cenário interno.

Em encontro com analistas e investidores realizado terça-feira (25) em São Paulo, Goldfajn disse que acredita na possibilidade da retomada da economia brasileira no curto prazo, motivada pelos incentivos do governo, como juros menores, redução de impostos em aumento de gastos. “Com essas medidas, dá para levar o PIB (Produto Interno Bruto) em torno de 4%  para o ano que vem”,afirma o economista. 

Apesar da visão de cautela em relação à economia mundial, ele destaca que o receio de se instalar uma nova crise mundial está mais distante de se consolidar. “Aqueles que tinham dúvida de que uma crise ia se instalar, isso não aconteceu, mas não  vamos voltar ao mesmo crescimento da década passada”, pondera.

Continua depois da publicidade

Para o economista, as principais causas de desaceleração da economia global é a crise da Zona do Euro. “Não que a Europa esteja pior que os Estados Unidos, mas não há uma unidade para ajudar o país, assim como nos Estados Unidos existe o Federal Reserve”, explica.

Já no Brasil ele cita como responsáveis pela desaceleração da economia vista recentemente o desaquecimento da indústria, a política do governo mais restritiva entre 2008 e 2011, a economia global fraca e os custos elevados.