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O agora ex-CEO da Americana (AMER3) Sergio Rial afirmou que ainda não está certo quais ajustes são necessários para corrigir as inconsistências contábeis encontradas no balanço da companhia que somam cerca de R$ 20 bilhões. De acordo com Rial, poderá haver um “ajuste importante na estrutura patrimonial da empresa”, sem especificar qual seria.
As declarações fazem parte de uma carta enviada por Rial a funcionários da Americanas, a qual o InfoMoney teve acesso. Ainda de acordo com o documento, o executivo afirma que deixará o cargo de CEO da Americanas para que a companhia priorize duas frentes: a gestão do dia a dia; e a adequação da estrutura de capital, como uma capitalização.
“Busca de soluções que visem a readequação da estrutura patrimonial da empresa, desde capitalização a outros caminhos”, reforça Sergio Rial.
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Na frente para cuidar do dia a dia, o conselho de administração escolheu como CEO interino o executivo João Guerra, com mais de três décadas no grupo. Já Rial diz que seguirá apoiando a Americanas “em outra esteira, focada na reestruturação da empresa”, como assessor, em linha com o fato relevante divulgado na noite desta quarta.
Ainda de acordo com o documento, Sergio Rial lembra que a posição de caixa do grupo é sólida, com cerca de R$ 8 bilhões. “Seguiremos pagando nossos fornecedores no prazo estipulado e todas as nossas obrigações”, conclui o agora ex-CEO.
Leia a carta na íntegra:
Comunicado
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Nação Americanas,
Hoje anunciamos que poderá haver um ajuste importante na estrutura patrimonial da empresa. Esse ajuste se deve a uma série de lançamentos contábeis inconsistentes. Esse ajuste se deve a uma série de lançamentos contábeis inconsistentes que precisam ser agora corrigidos e por isso do fato relevante. Não está certo ainda a quais anos esses ajustes se referem, mas sabemos que não só dizem respeito ao ano de 2022, mas há vários anos passados também.
O que muda? A empresa já demonstra sinais claros de retomada de vendas, com vendas nas lojas puro, acima de 15% quando comparado com janeiro de 2022.
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Neste fato relevante, se anuncia também, que eu estaria deixando a presidência executiva, por conta do ajuste que obriga priorizarmos duas frentes muito claras:
(i) A gestão do negócio do dia, seguindo na trilha onde estamos, crescendo vendas, na espera da retomada do digital e melhorando margem. Já vemos sinais disso.
(ii) busca de soluções que visem a readequação da estrutura patrimonial da empresa, desde capitalização a outros caminhos.
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Até a finalização dos trabalhos de identificação de todas as inconsistências, anunciamos o João Guerra como presidente interino, que juntamente com a liderança da empresa em diversas frentes, seguirá focando no dia a dia da cia. e com ajuda de todos vocês, a construção do nosso futuro [sic]. Eu seguirei apoiando a outra esteira, focada na restruturação da situação patrimonial da empresa, apoiando os nossos acionistas de referência, aí como assessor.
A posição de caixa é sólida mais de R$ 8 bilhões [sic] e seguiremos pagando nossos fornecedores no prazo estipulado e todas as nossas obrigações.
Não faltarão aqueles que queiram maldizer, gerando dúvidas sobre o nosso futuro. É verdade que o impacto possa ser importante, mas acreditamos que juntos, trabalho no resultado do dia a dia, focando na construção de um grande trimestre em 23, garantiremos os próximos trimestres [sic]. Em varejo, um dia de cada vez.
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O compromisso de cada um de vocês para essa fase, mais árida, penosa por conta do ajusta e do impacto no mercado, será crucial. Uma nação se vê pelo sua estamina [sic] de querer lutar e fazer o seu melhor a cada dia. Manteremos todos vocês sempre informados, através da comunicação vinda diretamente da diretoria da empresa e do João em particular.
Mãos à obra e preparemo-nos para uma boa luta.
Sergio Rial