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SÃO PAULO – Nesta sexta-feira (16), João Doria (PSDB), governador do estado de São Paulo, disse que a próxima quarta-feira (21) é a data limite para o Ministério da Saúde definir se a vacina CoronaVac, desenvolvida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, entrará no rol das vacinas do Programa Nacional de Imunizações (PNI), vinculado ao Ministério da Saúde.
Nessa data, Doria, Jean Gorinchteyn, secretário da saúde do estado, e Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, devem se reunir às 10h com Eduardo Pazuello, ministro da Saúde, em Brasília, para chegar a uma conclusão sobre a participação da vacina patrocinada pelo estado de São Paulo no programa federal
“A data limite para a definição do Ministério da Saúde sobre a CoronaVac será no dia 21 de outubro. Segunda-feira os resultados da fase três estarão consolidados e São Paulo deseja compartilhar a vacina com outros estados brasileiros”, disse o governador durante coletiva de imprensa, no Palácio dos Bandeirantes.
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“O Butantan é, há 30 anos, o maior fornecedor de vacinas ao Ministério da Saúde. Do que depender do governo de São Paulo, continuaremos com essa tradição de mais de três décadas”, afirmou Doria.
Logo após esse primeiro encontro, uma reunião com Antonio Barra Torres, presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) está marcada para às 13h.
O governador ainda afirmou que, seja qual for a posição do Ministério da Saúde sobre a inclusão da CoronaVac no PNI, o estado de São Paulo vai vacinar sua população com o medicamento. E essa vacinação será obrigatória no estado, excluindo apenas as pessoas que receberem dispensa médica para não recebê-la.
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“São Paulo vai vacinar e isso está garantido. É necessário dizer também que aqui em São Paulo a vacinação será obrigatória. Não é possível imaginar, no meio de uma pandemia, vacinar apenas alguns e não vacinar outros. O vírus continua se as pessoas não estão protegidas”, completou o governador.
Vacina chinesa deixada de lado?
Na última terça-feira (14), a apresentação do cronograma de vacinação contra a Covid-19 no país, que vai começar em abril de 2021, listava apenas a vacina de Oxford, que está sendo desenvolvida em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e as doses fornecidas pelo consórcio internacional Covax Facility, deixando de lado a vacina do Butantan/Sinovac.
Após o anúncio da pasta, o secretário estadual de Saúde de São Paulo se mostrou descontente com a decisão.
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Gorinchteyn disse acreditar que “as vacinas não estão sendo tratadas de forma republicana pelo Ministério da Saúde”. “Todos os presentes na reunião entenderam da mesma forma. A vacina de São Paulo está sendo ignorada”, disse em entrevista ao jornal Folha de São Paulo.