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(Bloomberg) — A Walt Disney está se reformulando para voltar a focar na próspera operação Disney+, redobrando esforços para se tornar uma gigante global de streaming como a Netflix.
A empresa anunciou na segunda-feira que está colocando redes de TV, estúdio de cinema e divisões que lidam diretamente com o consumidor dentro de um grande grupo chamado Mídia e Entretenimento.
Os atuais responsáveis por conteúdo continuarão a supervisionar seus negócios, mas agora poderão escolher diretamente quais filmes e programas de TV serão disponibilizados na crescente linha de serviços de streaming da Disney.
“Trata-se de agilizar decisões, olhando do alto”, afirmou o CEO Bob Chapek em entrevista, “ao contrário de um filme feito no estúdio, que portanto vai para o estúdio, ou um programa de televisão feito nos estúdios da ABC, que portanto vai para a rede ABC”.
O badalado Kareem Daniel, que anteriormente chefiava a área de produtos de consumo dentro da divisão de parques temáticos, vai comandar a distribuição nos serviços de streaming Disney+, ESPN+ e Hulu.
A mudança também aumenta a diversidade na Disney, que concentra pessoas brancas em cargos de gestão. Daniel é um dos executivos negros de maior destaque na empresa com sede em Burbank, na Califórnia.
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Acionistas como Dan Loeb, da Third Point, pressionaram a empresa a colocar mais recursos em streaming. Ele enviou uma carta a Chapek na semana passada afirmando que era hora de sair das salas de cinema, que ele comparou a carruagens puxadas por cavalos.
A campanha de Loeb não motivou as mudanças anunciadas na segunda-feira, que, de acordo com Chapek, vinham sendo elaboradas há meses. O investidor também pediu que a Disney redirecionasse o dinheiro destinado a dividendos para streaming, mas a empresa já suspendeu esse pagamento em julho e não se comprometeu com distribuições futuras.
Loeb disse na segunda-feira que estava feliz com o fato de a Disney estar se concentrando no negócio voltado diretamente ao consumidor.
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Esta não é a única grande mudança na Disney nas últimas semanas. Abalada pela freada nas operações com parques temáticos e cruzeiros marítimos, a companhia anunciou a demissão de 28.000 trabalhadores no final do mês passado.
A empresa ainda não conseguiu reabrir os parques na Califórnia, diante de restrições estaduais. Segundo Chapek, a reorganização pode resultar na eliminação de mais empregos.
Outras gigantes da mídia, incluindo WarnerMedia, da AT&T, e NBCUniversal, da Comcast, também estão demitindo pessoal, tentando resistir à crise que prejudicou gastos com publicidade, filmes e atrações presenciais.