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Na última segunda-feira (5), a Apple (AAPL34) lançou o Vision Pro, sua versão de óculos de realidade aumentada, que deve sair por US$ 3,5 mil. Um dia depois, a empresa comprou a startup norte-americana Mira Reality, que fabrica fones de ouvido para outras marcas e para o exército estadunidense.
A divulgação da aquisição foi feita pelo portal The Verge, depois que um executivo da big tech compartilhou uma publicação sobre o negócio. A companhia, então, veio a público e confirmou a aquisição, sem citar os valores envolvidos.
Uma das marcas que a Mira tem contrato é a Nintendo World, tendo a responsabilidade de produzir os fones usados em passeios temáticos dos parques de diversões nos EUA e no Japão. Já com o exército dos EUA, a empresa tem parcerias com a Marinha e com a Força Aérea, para o desenvolvimento de óculos de realidade aumentada que devem facilitar a comunicação com especialistas e o acesso remoto para manutenção de aviões, por exemplo.
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“A tecnologia permite que os aviadores acessem conhecimento especializado, recebam ajuda colaborativa de solução remota de problemas e consultem orientação técnica por meio de ferramentas de fluxo de trabalho interativas, tudo através de um fone de ouvido AR com alerta e mãos-livres. Além disso, uma solução de hardware e software de RA reduz a necessidade de viagens por meio de auditorias remotas ou disposições de engenharia remota, com o potencial de eliminá-la completamente”, diz uma nota oficial da Força Aérea.
Com a aquisição pela Apple, não está claro se a empresa vai continuar fornecendo tecnologia para outros parceiros ou se ela vai servir apenas aos interesses da dona do iPhone. A companhia de Steve Jobs, porém, não tem histórico de desfazer contratos em andamentos das empresas que adquire.
Segundo postagem feita pelo CEO da Mira, Ben Taft, 11 funcionários foram mantidos no quadro. “Excitado para o próximo capítulo de Mira, na Apple,” escreveu ele na legenda. “Viagem de 7 anos do dormitório para a aquisição”.
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Apple x metaverso
Com os anúncios feitos pela Apple na segunda, muito se comentou sobre a entrada no metaverso, ainda que a companhia tenha fugido do assunto durante a apresentação. Como estratégia, preferiu usar termos mais genéricos, diferente do que fez, por várias vezes, Mark Zukerberg, que até trocou o nome do seu grupo empresarial, de Facebook para Meta.
Ao que tudo indica, o maçã está apostando mais na computação espacial do que um universo virtual para unir o físico com o digital. Isso porque o novo óculos insere as informações digitais ao usuário no espaço físico, sem que ele esqueça que está no mesmo plano. A tecnologia espacial ainda permite o direcionamento de sons e fotografias 3D.
“Da mesma forma que o Mac nos apresentou à computação pessoal, e o iPhone nos apresentou à computação móvel, o Vision Pro nos apresentará à computação espacial”, disse Tim Cook, CEO da Apple, durante o WWDC, evento anual que reúne os lançamentos da marca.
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A razão pela qual a Apple pode ter optado por uma alternativa ao metaverso pode ser o prejuízo que a Meta acumula desde que se voltou à novidade. No primeiro trimestre deste ano, os cálculos internos davam contam de uma baixa de R$ 20 bilhoes na divisão que cuidam desta tecnologia.