Depois de Celg, prioridade da Eletrobras é venda de distribuidoras de AL e PI, diz fonte

O processo de venda de controle dessas duas empresas do Nordeste deve começar já este ano, mas o leilão propriamente dito deve ocorrer somente no ano que vem

Reuters

Usina Eólica Volta do Rio - Ceará

  *** Local Caption *** Vista dos aerogeradores durante a visita técnica à usina Eólica Volta do Rio no Ceará.
Usina eólica conectada a SE SOBRAL III, Chesf. A usina pertence ao grupo Energimp S/A, controlado pela IMPSA WIND (Industrias Metalúrgicas Pescarmona S.A.).
Usina Eólica Volta do Rio - Ceará *** Local Caption *** Vista dos aerogeradores durante a visita técnica à usina Eólica Volta do Rio no Ceará. Usina eólica conectada a SE SOBRAL III, Chesf. A usina pertence ao grupo Energimp S/A, controlado pela IMPSA WIND (Industrias Metalúrgicas Pescarmona S.A.).

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BRASÍLIA – Depois da venda do controle da distribuidora goiana Celg (GPAR3), que quer finalizar ainda este ano, a prioridade da Eletrobras (ELET3;ELET6) será a privatização das distribuidoras de Alagoas (Ceal) e do Piauí (Cepisa), disse à Reuters uma fonte que participa diretamente das negociações.

O processo de venda de controle dessas duas empresas do Nordeste deve começar já este ano, mas o leilão propriamente dito deve ocorrer somente no ano que vem, disse a fonte, que pediu para não ser identificada.

Com relação à Celg, a fonte disse que os estudos para a venda do controle da empresa estão em andamento e que as negociações com o banco que será atuará como assessor financeiro da operação já estão avançadas.

“O processo de venda da Celg está em andamento. Estão sendo verificados aspectos jurídicos e contábeis”, disse.

Além da Celg, Cepisa e Ceal, a Eletrobras estuda a venda do controle de distribuidoras sob seu controle em Rondônia, Acre, Amazonas e Roraima.

Também está em análise a venda de participações da empresa na área de geração de energia, principalmente em parques eólicos, segundo a fonte.

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A venda dos ativos de distribuição da Eletrobras, porém, depende ainda da conclusão do processo de renovação das concessões do setor que vencem até 2017.

O Tribunal de Contas da União (TCU) suspendeu nesta quarta-feira o processo de renovação dos contratos até uma nova decisão do próprio tribunal sobre o mérito do assunto.

Na medida cautelar, o tribunal pede que o Ministério de Minas e Energia demonstre “a existência de situação excepcional que justifique não licitar as concessões”.

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Uma das exigências feitas pelo Ministério de Minas e Energia para renovar os contratos é o cumprimento de metas de melhoria da qualidade dos serviços e da gestão financeira das companhias.

Levantamento feito pela Reuters mostra que as distribuidoras da Eletrobras são justamente as que apresentam maior necessidade de melhorias para atingir as metas. A Celg, por exemplo, precisa subir seus indicadores em mais de 60 por cento.