Demissões em massa, dinheiro escasso: qual o cenário atual e o futuro das startups?

Captar com investidores ficou mais difícil. Startups precisam controlar queima de caixa e ter rentabilidade como objetivo. Será que vão conseguir?

Mariana Fonseca Letícia Toledo

Escritório do QuintoAndar (Divulgação)
Escritório do QuintoAndar (Divulgação)

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Em dezembro de 2021, a startup imobiliária QuintoAndar reuniu seus funcionários para anunciar qual seria o foco da empresa em 2022. Depois de passar o ano inteiro com o “foco no cliente”, a palavra definida para o ano futuro foi “eficiência”. “Passamos a tomar mais cuidado com o orçamento, mas não imaginávamos o que estava por vir”, diz uma até então funcionária da companhia.

No QuintoAndar desde 2020, ela foi promovida em janeiro de 2022 por seu bom desempenho. Três meses depois, em uma terça-feira que era para ser de rotina, seus acessos ao sistema da empresa apareceram como desativados. A até então funcionária foi convocada para uma reunião de emergência com seu coordenador. Ali, foi avisada de que estava sendo desligada da companhia. O motivo? Corte de custos, a tal da “eficiência”.

O depoimento da ex-funcionária, que prefere manter o anonimato, se soma ao de centenas de colaboradores recentemente demitidos dos unicórnios brasileiros — startups avaliadas em pelo menos US$ 1 bilhão. E reflete o cenário de todo o setor de tecnologia. Tanto em empresas de capital aberto quanto em privadas, os investidores estão escassos e a busca pela “eficiência” virou um mantra.

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Como captar com investidores ficou mais caro e mais difícil, as startups estão controlando a queima de caixa e colocando rentabilidade como objetivo. Infelizmente para seus funcionários, essa virada de chave acontece depois que muitas tiveram um grande crescimento durante o auge da pandemia – e decidiram expandir a equipe. A folha de pagamentos se tornou uma grande linha nos custos. Reduzi-la, um caminho para melhorar as margens.

O principal caso de demissões entre os unicórnios brasileiros foi o da Facily. A empresa de compras de supermercado em grupo captou mais de US$ 500 milhões ao longo de seus três anos de história, e alcançou uma avaliação de mercado bilionária em sua última captação, anunciada em dezembro. Mesmo assim, a companhia teria demitido entre 300 e 400 funcionários em abril deste ano, de um quadro total de 800 a 900 funcionários. A startup também teria encerrado contrato com uma empresa terceirizada, que tinha 900 pessoas dedicadas para atendimento e suporte logístico aos consumidores da Facily.

Ao Do Zero Ao Topo — marca de empreendedorismo do InfoMoney, a Facily afirmou não abrir “números internos sobre pessoas” e não comentar “sobre contratos com empresas terceiras”. De acordo com Mariana Adensohn, chefe de pessoas e cultura na Facily, os cortes foram realizados “por uma questão de repriorização de projetos que fazem parte do planejamento do negócio”.

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No QuintoAndar, as demissões foram de cerca de 200 pessoas, segundo números oficiais da empresa, o que representa cerca de 4% do quadro de funcionários. Procurada pelo Do Zero ao Topo, a startup não respondeu aos pedidos de entrevista.

Na concorrente Loft, o desligamento atingiu 159 funcionários. Colaboradores dos setores de operação e comercial foram os mais afetados. De acordo com a assessoria de imprensa da companhia, as demissões ocorreram porque a Loft identificou sobreposições de funções e atividades após o processo de integração da CrediHome. A CrediHome, que atua na originação de crédito imobiliário, foi adquirida pela Loft em setembro de 2021. “Em setembro de 2021, momento da aquisição da CrediHome, a área de crédito da Loft contava com 613 colaboradores. Hoje, a área de crédito conta com 653 funcionários. Portanto, o quadro segue crescendo: é 6% maior, mesmo após os desligamentos”, afirmou em nota a assessoria. Segundo a empresa, não há planos para novos desligamentos.

Um pequeno ajuste também foi visto na Creditas. O unicórnio do crédito demitiu 11 pessoas no time de gestão de escritórios e espaços físicos “por conta da adoção do modelo de trabalho híbrido”, equivalente a cerca de 0,3% da folha. “Estamos atualmente usando apenas 15% da capacidade de nossos espaços físicos. Nosso número de colaboradores se manteve estável durante os meses de março e abril deste ano, acima de 4.000 funcionários. Seguimos com ritmo de crescimento de receita acelerado e projetamos crescimento de novo em 2022 de mais de duas vezes”, escreveu a companhia em comunicado enviado ao Do Zero Ao Topo.

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Outras startups que realizaram demissões, ainda que não tenham alcançado o status de unicórnio, foram a de alimentos Liv Up (15% do quadro de funcionários) e a startup de gestão de restaurantes Zak (40% do quadro de funcionários).

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O drama global das empresas tech

Empresas de tecnologia estão anunciando demissões e congelamento de contratações não apenas no Brasil. Segundo a empresa de dados em tecnologia Crunchbase, houve 43 reportagens sobre demissões na primeira semana de maio nos Estados Unidos. Esse é o maior número desde setembro de 2020, quando o país ainda não tinha começado a vacinação contra o novo coronavírus.

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Entre as companhias que fizeram demissões nos últimos meses está a gigante do streaming Netflix (NFLX34), que anunciou 150 funcionários demitidos. A Meta (Facebook, FBOK34) anunciou um congelamento de contratações em engenharia até o final do ano devido a uma “queda generalizada” na indústria, enquanto a Uber (UBER) afirmou que fará contratações menores e mais seletivas, diante de uma “mudança sísmica” no mercado.

O Crunchbase ressalta que as notícias vêm em um momento bom para o mercado de trabalho em geral nos Estados Unidos. A economia americana adicionou 428 mil novas vagas de emprego em abril, superando estimativas do mercado. “Os próximos trimestres devem ser instáveis para quem está na indústria de tecnologia”, escreve a empresa de dados em tecnologia.

Houve uma mudança de cenário brutal para as empresas de tecnologia entre 2021 e 2022. As techs conviviam com baixas taxas de juros e consumidores muito dispostos a experimentar produtos e serviços, um contexto que também atraiu investidores. Em 2021, a indústria do capital de risco (venture capital) movimentou US$ 643 bilhões, um salto de 92% sobre os US$ 335 bilhões de 2020. O salto foi ainda maior em terras brasileiras: as startups captaram R$ 46,5 bilhões no último ano, 218% mais do que os R$ 14,6 bilhões de 2020.

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Neste ano, o cerco apertou. Governos de diversos países aumentaram suas taxas de juros, inclusive o Brasil. A renda fixa passou a ser uma aplicação mais atrativa e segura para muitos investidores, ainda mais diante de instabilidades como o conflito entre Ucrânia e Rússia. “Sabia-se que havia inflação e que os juros iriam subir, mas não com tanta magnitude ou velocidade. O cenário afugentou o capital de risco, diminuindo a chance ou o tamanho da próxima captação de todas as empresas. Algumas delas sofrem ainda mais em períodos de pouco estímulo ao crédito e ao consumo”, afirma Eduardo L’Hotellier, fundador do GetNinjas (NINJ3).

Todos os outros ativos precisaram ser reprecificados. “As projeções financeiras agora aplicam um maior desconto entre o valor futuro e o valor presente, já que o custo de capital aumentou. Os múltiplos diminuem para todas as empresas, mas as digitais trabalham mais com seu valor futuro, e por isso acabam sendo mais afetadas”, afirma Paulo Veras, investidor e fundador do unicórnio 99.

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Quais startups vão sofrer mais?

A intensidade dessa correção costuma acompanhar o amadurecimento da startup. Empresas de capital aberto sentem a maior correção; uma grande parte é repassada para startups em estágio avançado (late stage); e uma parte menor afeta as startups em estágio inicial (early stage). Isso porque investidores podem esperar até dez anos para que uma startup em estágio inicial tenha seu evento de liquidez e retorne o capital investido. Dado que a economia atua em ciclos, o cenário pode ser outro em um horizonte tão longo.

“Investimentos no early stage são menos sensíveis ao aumento da taxa de juros, além de terem expectativa de retorno de cinco, 10, 20 ou mais vezes o capital investido e um horizonte de tempo mais longo”, afirmou Vinícius Rudnick, responsável por empresas de tecnologia no investment banking da XP Inc em entrevista recente ao Do Zero ao Topo.

“Vemos correções em startups que captaram séries C em diante. Nós investimos em early stage e não vimos nenhuma das nossas startups demitirem. Elas estão decidindo fazer outros tipos de captação, como as de dívida, e deixar as rodadas de equity [em troca de participação no negócio] para daqui alguns meses, jogando o momento de avaliação para quando o mercado estiver melhor”, diz Daniel Ibri, sócio da gestora de venture capital Mindset Ventures.

Crescimento a qualquer custo versus lucro

Com o cenário macroeconômico mais desafiador, uma mudança importante no setor foi a do discurso de um crescimento a qualquer custo. “Os investidores premiavam crescer diversas vezes em um ano e pensar depois em como consertar a margem, e foi isso que levou ao cenário de diversos funcionários e projetos. Agora, querem que as startups cresçam menos e mantenham uma rentabilidade saudável. A orientação atual é completamente oposta à de 2021”, diz Veras, da 99.

“Em um mercado que tinha dinheiro barato, você tinha que expandir porque seu competidor também o faria. Agora, a regra do jogo é abandonar projetos paralelos e diminuir o crescimento para focar na atividade principal, garantindo a perenidade da empresa. É preciso reduzir custos para alongar sua runway [tempo de sobrevivência da startup com base em suas receitas e despesas]. Mesmo quem captou faz pouco tempo, e pode ter expandido custos e equipe já de olho em uma captação nos próximos meses, percebe agora que essa próxima rodada pode não acontecer”, afirma L’Hotellier, da GetNinjas.

Investidores de startups e empreendedores ouvidos pelo Do Zero ao Topo em anonimato reconhecem que o cenário visto nos últimos anos, de crescimento a qualquer custo, não era algo sustentável no longo prazo. Empreendedores se concentraram em aproveitar a bonança enquanto podiam, agora, a festa acabou. “Foi uma bolha, provocada pelo excesso de capital, que claramente estourou”, afirma um investidor.

Demitir é a melhor solução?

Os maiores custos de uma startup costumam ser aquisição de usuários e folha de pagamentos. Como o primeiro custo impacta diretamente na receita, há startups que optam pela demissão de funcionários quando é preciso preservar seu caixa por mais tempo. Algumas vezes, isso acontece depois de decisões erradas sobre a quantidade de contratações. “Startups tendem a tomar decisões rápidas e não podem conviver com gordura, com dezenas ou centenas de pessoas esperando novas iniciativas. O ritmo de contratação foi frenético nos anos passados e de fato houve exageros”, reflete Paulo Veras.

As demissões podem surgir também de decisões erradas sobre o próprio rumo do negócio. “A startup costuma pivotar para encontrar seu product-market fit [produto ideal para o mercado], e muitos empreendedores começam diversas iniciativas paralelas sem validar a atividade principal. Mas você precisa ter certeza de que resolve um problema, escalar essa solução e só depois atacar outros problemas”, completa Ibri, da gestora Mindset Ventures.

“Quanto maior o estágio da startup, menores deveriam ser as mudanças de projetos e pessoal. Você tem que pagar salários porque o cliente vê valor em um projeto e está pagando por ele. É muito mais difícil mudar a direção do barco quando ele é grande”, alerta Veras.

Seja por falha na estimativa do pessoal necessário ou por falha na escolha de projetos, a demissão não pode ser vista como atalho para obter margens melhores em curto prazo. “Primeiro, existe um impacto financeiro por conta das verbas trabalhistas, mas depois surge principalmente um impacto na marca, na equipe e na operação do negócio. É uma alternativa triste quando não existe nenhuma outra, feita depois de realocações e junto de outros cortes”, acrescentou L’Hotellier.

Investidor de startups, José Galló, que comandou a Lojas Renner por mais de 20 anos, afirma que muitos dos empreendedores de startups brasileiras sofrem da falta de experiência em lidar com crises macroeconômicas. “Na Renner, nunca fizemos demissões por corte de custos. Esse é um atalho que pode custar caro”, afirma. “É importante que o empreendedor tenha investidores experientes em lidar com crises em momentos como esse. Investidores que já tenham lidado com juros altos e inflação, que são tão comuns no Brasil. Isso pode fazer muita diferença”, completa.

Como “demitir” importa

A forma de demitir os funcionários vai determinar como a empresa ficará depois do anúncio. Em entrevista ao Do Zero ao Topo, ex-funcionários de startups como QuintoAndar, Loft e Facily relataram como as demissões aconteceram de uma hora para a outra, com seus acessos ao sistema cortados e sem forncecimento de apoio ou feedback sobre seus trabalhos. As demissões não só ecoaram por redes sociais como o LinkedIn como também criaram um clima de insegurança entre os funcionários que continuam nas empresas, segundo apurou o Do Zero ao Topo.

Essa forma de demissão é o modus operandi do mercado. Em empresas tradionais, demissões em massa acontecem com o funcionário sendo chamado a uma pequena sala, onde encontra seu chefe e um profissional do RH. Ali, ele é brevemente informado de que foi demitido, o contrato de recisão já aparece a sua frente e tudo o que o resta é assinar. O problema nessa história toda é que startups se vendem como empresas da “nova economia”. Nesse novo modelo, tudo é, ao mesmo tempo, mais tecnológico e mais humano. Nesse cenário de “nova economia”, portanto, convém repensar como as demissões ocorrem.

“Você precisa cuidar muito bem das pessoas que você demite, o que significa tentar realocações e ser generoso nas coberturas após a demissão. Não apenas porque é o certo, mas porque as pessoas que ficaram se perguntam como a empresa vai cuidar delas. Tivemos de demitir 400 pessoas na união entre o Viva Real e o Zap, e eu me lembro de ligar para vários contatos e indicar bons profissionais. Essa é uma responsabilidade dos fundadores”, afirma Brian Requarth, fundador do portal imobiliário Viva Real e da empresa Latitud. “Nesses momentos difíceis que os empreendedores precisam brilhar, porque suas atitudes vão determinar como as pessoas encaram sua empresa. É preciso ser vulnerável e, ao mesmo tempo, criar uma mensagem de união entre todos no negócio.”

Existem empresas que passaram por demissões em massa, mas acabaram construído companhias mais fortes. No começo de 2020, por conta do coronavírus, o Airbnb (AIRB34) viu o movimento em sua plataforma de hospedagens cair 80%. A empresa demitiu 1.900 funcionários, 25% da companhia. A maneira como a startup conduziu as demissões, no entanto, foi vista como um modelo a ser seguido.

Brian Chesky, CEO e co-fundador do Airbnb, enviou uma mensagem aos funcionários dando total visibilidade sobre o que estava acontecendo na empresa. Os demitidos receberam um pacote de indenização que incluiu vários meses de pagamento, um ano de assistência médica e ajuda do Airbnb para encontrar um novo emprego. A empresa esperou a poeira baixar e novas tendências de hospedagem surgiram: pessoas ficando em locais próximos de casa ou alugando por longos períodos. Hoje, as hospedagens internacionais já voltaram aos níveis de 2019. O Airbnb reportou mais de 100 milhões de diárias no primeiro trimestre deste ano.

Mesmo com os anúncios de demissões em alguns unicórnios, Veras e Requarth defendem que tanto grandes empresas quanto as startups em estágio inicial seguirão contratando. “Temos ainda uma falta grande de pessoas em diversas posições nas empresas de tecnologia, e diversas startups ainda em fase de estruturação levantaram recursos no último ano. Imagino que os funcionários demitidos devam conseguir uma recolocação rápida, seja nessas startups ou em grandes empresas que procuram esse perfil de profissional qualificado e com experiência em startups”, disse Veras.

O futuro da correção

Para os empreendedores e investidores ouvidos pelo Do Zero Ao Topo, pode demorar de um ano a três anos para que a correção dos múltiplos em tecnologia deixe de acontecer, e que as startups voltem a acelerar captações e aumentar seus valores de mercado. Os especialistas se dividem quanto à intensidade das demissões decorrentes desse cenário.

“Acho que teremos demissões em outros lugares caso o mercado não se recupere desse choque de liquidez. As startups vão ter de readaptar suas operações e existe um efeito multiplicador. Se eu corto em marketing e reduzo escritórios, as agências e as equipes de limpeza também ficam desempregadas, por exemplo”, afirma Paulo Veras.

Outros defenderam que as demissões não são generalizadas. “Vejo um exagero em colocar as demissões como tendência, quando é simplesmente uma questão de ciclo de vida de cada empresa. Elas estão olhando para seus negócios da melhor maneira possível para poder retomar. Demissões são naturais para a adequação do ritmo de negócios, e não apenas em startups”, afirma Eduardo Vieira, sócio-líder de marketing e comunicação do SoftBank Latin America Funds.

O SoftBank é investidor em empresas como Creditas, Loft e QuintoAndar. Hoje, gere fundos que acumulam US$ 10 bilhões em investimentos para startups na América Latina. “Este é um ciclo delicado, como outros ciclos que aconteceram e vão acontecer. Você verá muita volatilidade na nossa região se colocar sua lupa em um horizonte de um ano. Mas verá crescimento constante no mercado de startups e tecnologia quando amplia essa lupa para décadas. Continuamos confiantes, mantendo o ritmo dos investimentos e buscando empreendedores talentosos e solidez”, afirmou Vieira.

“Os fundos captaram investimentos ao longo de 2020 e 2021, então estão com caixa cheio e mandato para alocar esses recursos. Mesmo assim, o cenário será mais adverso ao empreendedor, com dinheiro seletivo para quem menos queima caixa e aceita múltiplos menores no valuation. As startups que estão demitindo recentemente captaram faz pouco tempo. Elas estão apenas controlando despesas, não em risco existencial”, afirma Paulo Veras.

Toda essa correção é ruim? Para boa parte dos empreendedores e investidores, o movimento era necessário. “É ruim vermos as demissões neste momento. Mas também foi ruim vermos startups captando dinheiro, recebendo valuations irreais e fazendo o que queriam com esse capital”, afirmou Ibri.

“O mercado focou muito em crescimento e se perdeu quanto ao objetivo final da empresa, incluindo a data para ela se tornar autossustentável. É saudável olhar para as métricas certas e se perguntar se a empresa será lucrativa ou um buraco de recursos assim que escalar”, diz Paulo Veras. Com o dinheiro escasso, empreendedores devem focar nas métricas financeiras que sempre importaram para qualquer empresa. O momento, dizem especialistas, é de amadurecimento do mercado de startups. É a nova economia se encontrando com os dilemas que sempre estiveram presentes na velha.

Mariana Fonseca

Subeditora do InfoMoney, escreve e edita matérias sobre empreendedorismo, gestão e inovação. Coapresentadora do podcast e dos vídeos da marca Do Zero Ao Topo.