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Uma gota de sangue. Esse era todo o material necessário para fazer mais de 30 testes de saúde e detectar uma série de doenças. A promessa foi feita pela empreendedora Elizabeth Holmes, que chegou a ser chamada de ‘versão feminina de Steve Jobs’, e parecia boa demais para ser verdade. Realmente, nunca passou de ficção.
A história da jovem prodígio que abandonou a educação formal em Stanford para se dedicar à criação da Theranos, a empresa que faria os tais testes em uma gota de sangue foi das páginas de jornais e revistas do Vale do Silício com uma série de adjetivos e superlativos (“a mais jovem bilionária ‘self-made”; “gênia da inovação”, entre muitos outros) para as páginas policiais como a epítome do ‘fake it until you make it’ (finja até conseguir), uma frase que resume o estilo de vida de alguns empreendedores.
Nesta terça-feira (30) a história que inspirou documentários e até uma minissérie estrelada pela atriz Amanda Seyfried, ganhou mais um capítulo: Elizabeth Holmes, agora condenada por fraude, se entregou a uma penitenciária do Texas, nos Estados Unidos.
Ela foi condenada a pouco mais de 11 anos de prisão por fraudar investidores. Uma das evidências usadas durante o julgamento foi um vídeo de 30 minutos feito por Holmes, no qual ela fazia o seu ‘pitch’, uma espécie de apresentação, para investidores, em 2013.
Holmes também foi condenada a pagar uma multa como ressarcimento aos investidores junto com Ramesh Balwani, que liderava a companhia junto com a empreendedora. Os dois deverão pagar cerca de US$ 450 milhões para os investidores lesados.