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(Bloomberg) — O York Global Finance e os fundos do Ashmore Group Plc estão entre os credores que tentam barrar a Samarco de pagar por reparos sociais e ambientais decorrentes do rompimento de sua barragem em 2015.
A Samarco, produtora brasileira de minério de ferro pertencente à Vale e à BHP, está em recuperação judicial no Brasil e os credores pedem que a Justiça de Minas Gerais solicite à empresa que esclareça os detalhes das negociações sobre os custos das indenizações com as autoridades, segundo documento enviado nesta semana. Os mesmos credores também exigem que o tribunal peça à Samarco a suspensão dos pagamentos à Fundação Renova, que cuida dos reparos, e pedem para decidir sobre o assunto em assembleia. Eles esperam que a Vale e a BHP continuem pagando a indenização, como faziam antes de a Samarco retomar as operações.
Milhões de toneladas de lama tóxica e água foram expelidas sobre a paisagem brasileira quando a barragem de resíduos da Samarco desabou em 2015, matando 19 pessoas. A empresa enfrenta uma série de processos judiciais em decorrência do acidente e criou a Fundação Renova para cuidar do pagamento, inclusive das famílias vítimas.
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Os mesmos credores haviam argumentado em uma petição anterior que a Vale e a BHP deveriam ser responsáveis, cada uma, por um terço dos custos ambientais e sociais decorrentes do rompimento da barragem, que quase destruiu duas pequenas vilas em Mariana, Minas Gerais. A empresa retomou a produção em dezembro pela primeira vez desde o desastre.
Em seu pedido de concordata em abril, a Samarco incluiu R$ 23 bilhões devidos à Vale e à BHP pelas linhas de crédito que as duas empresas concederam para pagar pelos danos do desastre da barragem e financiar as operações. Isso responde por quase metade dos R$ 50 bilhões de dívidas inadimplentes da Samarco.
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A Renova já teve cerca de R$ 13 bilhões de custos de reparo e a Samarco calcula que precisará de mais R$ 17 bilhões para daqui para frente.
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