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SÃO PAULO – Nessa a quarta-feira (26), a Toyota Motors, fabricante automotiva japonesa, afirmou que as operações em suas fábricas no Japão podem ser sofrer com a falta de abastecimento. Segundo problemas na cadeia de suprimentos nas próximas semanas são dos efeitos do surto do novo coronavírus (covid-2019) na China.
As plantas no Japão podem ser diretamente afetadas por possíveis interrupções no fornecimento de equipamentos e componentes para a montagem dos veículos – importados da China. Uma vez que algumas fábricas e distribuidoras no epicentro do surto de vírus permanecem incapazes de produzir e transportar mercadorias, outras instalações do restante do país permanecem fechadas sob ordens das autoridades regionais – o que levanta dúvidas acerca de até quando os suprimentos chineses chegarão a outros mercados.
A Toyota, que opera 16 unidades de montagem de veículos e componentes no Japão, disse que decidirá se deve ou não manter as operações em suas fábricas domésticas a partir da segunda semana de março. A montadora, entretanto, também afirmou que a produção continua normal durante a próxima semana, mas que depois disso os estoques de equipamento precisarão de reabastecimento. Ainda segundo a empresa, a maior parte de remessas de produtos continua ativa – mas o cenário é incerto.
“Estamos recebendo peças da China normalmente no momento, mas avaliaremos a situação após a semana de 2 de março”, disse uma porta-voz da Toyota em entrevista à agência de notícias Reuters.
Segundo a montadora, o Japão é o principal local de produção da empresa, respondendo por quase metade dos 10,7 milhões de carros vendidos globalmente em 2019. A montadora também disse que deve cancelar todas as viagens não essenciais para os funcionários no Japão. No país nipônico, um dos mais afetados pelo recente surto do vírus, os casos já passam de 800 e há temores que a doença ameace a realização dos Jogos Olímpicos de Tóquio.
No Brasil, o primeiro paciente infectado foi confirmado pelo Ministério da Saúde nesta quarta-feira e o caso se torna o primeiro registro de coronavírus na América do Sul.
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