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SÃO PAULO – Mais uma instituição financeira está disponibilizando recursos a micro e pequenas empresas por meio da linha de crédito do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe).
O Sicredi, cooperativa de crédito com mais de 4,5 milhões de associados no país, anunciou que terá R$ 1,2 bilhão disponível para liberação via Pronampe. A estimativa da instituição é que o recurso possa atender mais de 250 mil associados.
Segundo a nota divulgada pela cooperativa, mais de 90% da base de associados pessoa jurídica do Sicredi se enquadram no limite de faturamento estipulado para o acesso à linha de crédito, que é de até R$ 360 mil anuais para microempresas e R$ 4,8 milhões para empresas de pequeno porte.
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Recursos se esgotam rapidamente
Os recursos do Pronampe têm se esgotado rapidamente nos bancos e instituições que concedem empréstimos por meio da linha, que tem juros equivalentes à taxa Selic mais 1,25% ano ano, abaixo das taxas médias praticadas em outras modalidades de crédito do mercado.
No Banco do Brasil, na Caixa e no Itaú o valor disponibilizado para o Pronampe foi 100% concedido em questão de dias.
Até a sexta-feira (10), com menos de 15 dias de funcionamento do programa, R$ 11,3 bilhões já haviam sido concedidos, o equivalente a 60% do volume total de recursos direcionado ao Pronampe – isso considerando que alguns bancos privados ainda nem começaram a disponibilizar a linha.
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Além dos juros baixos, a alta procura pela linha de crédito acontece diante da dificuldade que os pequenos empresários têm encontrado para contrair crédito fora do programa.
Como a União assume 85% do risco dos empréstimos feitos via Pronampe, os bancos se sentem mais confortáveis para conceder esse tipo de crédito. Mas as instituições têm fechado a torneira de outras linhas, já que a crise gerada pela pandemia aumentou o risco de inadimplência dos micro e pequenos empresários.
A baixa disposição dos bancos privados para conceder crédito se soma à insuficiência dos recursos disponibilizados pelos programas de crédito anunciados pelo governo.
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Reportagem anteriormente publicada pelo InfoMoney mostrou que, até a semana passada, os programas de empréstimos do governo haviam suprido apenas 6,18% do volume total de crédito que as pequenas empresas devem precisar neste ano, mas não vão conseguir.
Outro problema enfrentado pelos pequenos empresários ainda é a falta de timing, já que o Pronampe, por exemplo, começou a funcionar apenas nas últimas semanas.