Conheça as 8 vencedoras do prêmio Mulheres que Transformam

O prêmio que homenageou empreendedoras, gestoras, executivas, economistas, educadoras e escritoras foi criado pela XP Inc. e teve o apoio do InfoMoney

Lizzie Nassar

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SÃO PAULO – Foram mais de 27 mil votos. As oito vencedoras do prêmio Mulheres que Transformam, criado neste ano pela XP Inc., foram escolhidas pelo público numa votação online e gratuita e premiadas nesta noite de quarta-feira.

Com apresentação de Titi Muller, o evento online de premiação homenageou empreendedoras, gestoras, executivas, economistas, educadoras e escritoras que fazem a diferença transformando os mercados.

Entre mais de 30 indicadas, as oito vencedoras são: Djamila Ribeiro, que se destacou na categoria autora do ano; Laura Carvalho foi a mais votada na categoria economista; como educadora do ano, Eliane Leite ficou em primeiro lugar.

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Dentro do empreendedorismo, três nomes se destacaram: Ana Hikari levou o prêmio de empreendedora cultural do ano; Karine Oliveira ficou em primeiro lugar na categoria empreendedora e Erica Butow se destacou como empreendedora social do ano.

Já na categoria inovação e finanças, o nome mais votado foi da Beatriz Santos, e quem conquistou o primeiro lugar da profissional tech do ano foi Iana Chan.

As indicadas ao prêmio foram selecionadas por uma banca de curadoras destacadas no mercado brasileiro, entre elas: Vivianne Senna, empresária, presidente do instituto Ayrton Senna, e Fiamma Zarife, diretora geral do Twitter Brasil.

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Foram levadas em consideração ações que ajudaram a transformar diferentes mercados, com projetos de impacto social, publicações e criação de políticas internas para atingir a equidade de gênero.

As vencedoras do prêmio receberam como troféu uma réplica da escultura da “Fearless Girl”, feita pela artista Sara Rosemberg (veja imagem abaixo). Também vão receber uma mentoria com os principais executivos da XP Inc. e um notebook LG Gram. O prêmio teve o apoio do InfoMoney.

Caminho em construção

Em suas casas, com seus computadores, as premiadas fizeram discursos marcantes e multiplicaram as vozes de muitas brasileiras.

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“Dedico o prêmio para todas as meninas que estão estudando, que vão representar o Brasil. Mulheres se sentem sozinhas na economia, ainda mais as negras”, disse Laura Carvalho.

Viviane Senna destacou a preocupação com a educação do Brasil, especialmente durante a pandemia. “O Brasil foi o país que mais ficou sem aulas presenciais no mundo. As crianças estão tendo depressão, crises de ansiedade, além da questão de segurança alimentar. Tem também a questão de segurança social – escola é equipamento de proteção que identifica abusos e maus tratos”.

“Não podem tirar da gente o nosso conhecimento. É o nosso melhor empreendimento”, disse Ana Hikani.

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Já Iana Chan ressaltou o papel das mulheres do setor de tecnologia. “A tecnologia está escrevendo o nosso futuro. As mulheres precisam estar nessa construção.”

Uma pesquisa feita em parceria pelo Insper e pela Talenses com 415 empresas brasileiras mostrou que apenas 13% dos cargos de presidência são ocupados por mulheres. Os cargos de VPs na área de tecnologia da Informação são apenas 4%.

“Nós precisamos nos ver representadas em todas as áreas de atuação para que as próximas gerações cheguem a um mundo em que a mulher realmente possa ser o que ela quiser, e que essa frase não seja apenas um grito na luta feminista, um meme na internet, mas a realidade de todas nós”, disse Marta Pinheiro, diretora ESG na XP Inc. e idealizadora do Prêmio Mulheres Que Transformam.

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A XP assumiu um compromisso público de ter 50% de mulheres até 2025. A empresa, hoje, possui 26% de mulheres no quadro de funcionários.

O prêmio teve muito assunto sério, mas também humor e música, ao som da banda As Valquírias, formada por seis meninas da periferia de São Paulo.

“Quando eu participo de um evento como esse, com tantas mulheres poderosas, sempre me pergunto como nós ainda não conquistamos o mundo. A gente cuida da casa, faz home office e home schooling, ioga, jejum intermitente, faz análise, claro, para não ficar louca, opera a bolsa, a de valores e a Balenciaga, e ainda acha disposição para namorar”, disse Titi Muller.

“Mulheres são multifacetadas, empreendem, escolhem áreas ainda dominadas por homens e ainda conciliam a vida doméstica”, concluiu Betina Roxo, estrategista-chefe da Rico.

“Empreender para mulher não é só uma questão financeira, é identidade de criar algo que faz sentido pra elas”, disse Ana Fontes, presidente do Instituto Rede Mulher.

O prêmio Mulheres que Transformam contou com o apoio do programa Ganha Ganha, iniciativa da ONU Mulheres, da Organização Internacional do Trabalho e da União Europeia, além da Origens do Sabor e do InfoMoney. E foi patrocinado por Chandon, a Farfetch, a LG do Brasil, a Pantys e a Veedha.

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