Com óculos de realidade aumentada, Apple (AAPL34) sela entrada no mercado explorado pelas concorrentes

Microsoft, Google e Meta já comercializam versões de óculos de realidade aumentada, mas alguns projetos não tiveram sucesso

Wesley Santana

O Vision Pro, óculos de realidade aumentada da Apple, deve chegar ao mercado por US$ 3,5 mil. Foto: Divulgação
O Vision Pro, óculos de realidade aumentada da Apple, deve chegar ao mercado por US$ 3,5 mil. Foto: Divulgação

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A Apple (AAPL34) apresentou, nesta segunda-feira (5), seu novo óculos de realidade aumentada, o Vision Pro, que chega para mudar a forma como se vê o conteúdo, conforme destacou a empresa. O acessório marca a entrada da empresa em um segmento que tem sido -ou pelo menos tentado ser- explorado pelas concorrentes.

A principal novidade do aparelho está na interação com o mundo real, organizando as informações em janelas. Com ele, o usuário consegue navegar em páginas de internet e acessar aplicativos usando a voz, os olhos e a mão. Neste último caso, o óculos tem de estar sincronizado com um Apple Watch que vai usar os sensores para conduzir a experiência.

A Apple diz que, enquanto o usuário estiver usando o Vision Pro, vai poder ver o mundo real e controlar a cor das lentes. O aparelho também dá um passo em direção ao metaverso com a criação de avatares para as chamadas via FaceTime, o aplicativo de videochamada nativo.

O wearable tem uma proposta 3D, que coloca o conteúdo em dimensão espacial e tela infinita. Também vem acompanhado de mouse e teclado para que o consumidor configure seu espaço de trabalho.

“Hoje marca o início de uma nova era para a computação”, disse Tim Cook, CEO da Apple. “Assim como o Mac nos apresentou à computação pessoal e o iPhone nos apresentou à computação móvel, o Apple Vision Pro nos apresenta à computação espacial. Construído sobre décadas de inovação da Apple, o Vision Pro está anos à frente e diferente de tudo o que foi criado antes”, disse o CEO da Apple, Tim Cook.

O acessório ainda não tem data para chegar ao Brasil e outros países da América Latina. Nos Estados Unidos, onde está previsto para ser vendido a partir do próximo ano, o equipamento deve custar US$ 3,5 mil, equivalente a pouco mais de R$ 17 mil na cotação atual.

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Esse foi só um dos anúncios que a Apple fez no seu evento anual WWDC, que apresenta as novidades para o próximo ciclo da marca. Entre os lançamentos, a empresa da maçã mostrou uma linha de processadores mais avançados, novas modelos de Mac (computador) e MacBook (notebook), além da nova versao do sistema operacional do iPhone, o iOS 17.

Apple não está sozinha

Óculos de realidade aumentada tem sido foco de pesquisa das principais empresas de tecnologia, sendo que algumas já até colocaram suas versões no mercado. É o caso da Microsoft, com o HoloLens, que chegou ao Brasil no trimestre passado, prometendo unir o mundo físico e o virtual para interações humanas em diversos contextos.

A Meta (controladora do Facebook e Instagram), por sua vez, tem o Meta Quest, que custa a partir de US$ 500 e já está em sua terceira versão. O aparelho promove uma experiência imersiva multitarefa, com foco na produtividade dos usuários, também com controle na mão do usuário, dispensando a necessidade de uma segunda tela para exibição de conteúdo.

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Já o Google começou a trabalhar no seu modelo ainda em 2014, mas desde então teve dificuldades em popularizar sua tecnologia. No começo deste ano, a empresa descontinuou o Google Glass, mas garante estar trabalhando em outro modelo.