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SÃO PAULO – Um segmento foi destacado pela Associação Brasileira de Franchising (ABF), em meio ao faturamento de R$ 167,2 bilhões do setor de franquias em 2020 – o das microfranquias.
Não é para menos: o aumento nos índices de desemprego na pandemia se relaciona com a procura de unidades franqueadas que pedem investimento inicial de até R$ 90 mil. São cerca de 13,4 milhões de pessoas desempregadas no país, segundo dados do quarto trimestre de 2020 da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua/IBGE).
“Sem dúvida nenhuma, o desemprego acelerou a procura por microfranquias e franquias de forma geral. Não é apenas uma alternativa de investimento, mas de carreira e de vida”, afirmou Marcelo Cherto, da consultoria em franchising Grupo Cherto, em coletiva realizada pela ABF nesta terça-feira (3) sobre os resultados do setor. “Existem franquias de diversos portes e investimentos, e nem todos poderão comprar uma franquia. Mas, se 0,5% deles optarem por uma franquia, já representaria um grande crescimento por conta do volume de desempregados no país.”
O investimento inicial para abrir uma microfranquia pode partir de apenas R$ 1,9 mil, como no caso de algumas microfranquias online, segundo dados da ABF. Para comparar, o investimento em uma grande franquia, como a do McDonald’s – que inclusive foi a segunda maior rede franqueadora de 2020 – é de R$ 2,5 milhões, de acordo com a ABF.
Com várias opções de microfranquias que exigem aportes baixos, de menos de R$ 10 mil, especialistas explicam que é comum que pessoas que acabaram de perder o emprego usem a rescisão ou o FGTS para abrir uma franquia e criar uma nova fonte de renda.
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Outro perfil de compradores de microfranquias é o de empreendedores. “Vemos pequenos empresários que foram obrigados a fechar seus negócios ou perceberam que estão em setores pouco promissores. Eles fazem a migração para outros ramos por meio da aquisição de uma microfranquia ou franquia”, completa Cherto.
As unidades franqueadas que pedem investimento inicial de até R$ 90 mil inclusive ganharam seu próprio ranking da ABF, que elencou as dez maiores redes em número de unidades. Nesta primeira edição, o segmento de alimentação lidera por meio da rede Pit Stop Skol, com 1.866 unidades franqueadas. Kumon (serviços educacionais) aparece na segunda posição, com 1.585 operações de franquia. Já a Acqio (serviços e outros negócios) é a terceira colocada, com 1.036 unidades.
Já a Touti (saúde, beleza e bem-Estar) apresentou a maior variação em número de unidades entre as microfranquias, com expansão de 100% na comparação entre 2019 e 2020. A marca fechou contrato com a Rede Assaí para a abertura de unidades em seus mercados.
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Veja as 10 maiores redes de microfranquias do Brasil:
Posição no ranking | Marca | Número de unidades | Variação (2020/2019) |
1 | Pit Stop Skol | 1.866 | Não informado |
2 | Kumon | 1.585 | 1% |
3 | Acqio | 1.036 | -39% |
4 | Ceopag | 357 | 2% |
5 | Ceofood | 331 | 1% |
6 | Maria Brasileira | 317 | 52% |
7 | Touti | 292 | 100% |
8 | Lava e Leva Lavanderia | 276 | 0% |
9 | Solarprime | 263 | Não informado |
10 | É Seguro Corretora | 196 | Não informado |
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