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A mexicana Femsa (maior engarrafadora da Coca-Cola no mundo e controladora da rede Oxxo) anunciou, nesta terça-feira (30), a venda de parte das ações que detém do Grupo Heineken. A transação de 3,3 bilhões de euros, equivalente a mais de R$ 18 bilhões na cotação atual, colocou um montante de 5,9% das cotas do grupo holandês na mesa.
A discussão sobre desfazer o negócio com a cervejaria acontece desde o começo do ano, quando o conselho de administração aprovou a venda da participação de 15%. Na avaliação dos executivos, este não é mais um negócio estratégico dentro dos objetivos da Femsa.
Nos próximos anos, a marca deve se concentrar nos dois principais produtos: engarrafamento dos produtos da Coca Cola e na rede de mercado de proximidade Oxxo, que passa de 20 mil lojas na América Latina e planeja chegar a 500 lojas só no Brasil neste ano. O foco é se firmar como a maior holding de varejo da região.
Em comunicado ao mercado, a Heineken afirmou que comprou 333 milhões de euros em ações (cerca de R$ 1,8 bi) e que deve pagar com recursos próprios e linhas de créditos do mercado. “Espera-se que o impacto na relação dívida líquida/EBITDA da Heineken seja mínimo e aumente o lucro por ação”, destacou a companhia europeia.
A Femsa abriu a carteira para Heineken em 2010, quando fechou a aquisição de 20% das ações por mais de US$ 7,3 bilhões, sendo US$ 2,1 bilhões em dívidas. Na época, José Antonio Fernández Carbajal, presidente da companhia, que continua no cargo, destacou que o acordo aumentaria a flexibilidade operacional e financeira da companhia mexicana.
Nesta semana, a empresa também comunicou que vai deixar a posição acionária do restaurante Depot, vendendo participação de US$ 1,4 bi. A marca tem 157 unidades espalhadas pelos Estados Unidos.