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SÃO PAULO – Iniciando sua cobertura sobre a ALL (ALLL11) de maneira bastante positiva, o Citi enaltece a infraestrutura da companhia, a demanda crescente por seus serviços e o fraco desempenho recente das ações para revelar sua primeira recomendação: “compra”.
Quanto ao preço-alvo de doze meses, este é projetado em R$ 24,00 por ação, cifra equivalente a um upside (potencial teórico de apreciação) de 45,8% – tomada a cotação dos papéis no encerramento do último pregão.
Oportunidade de compra e infraestrutura
“Observamos uma oportunidade de compra, baseado na demanda reprimida pelas exportações agrícolas, na moderação das condições climáticas secas no Brasil, no potencial dos novos projetos e em nossa análise de que o valuation dos ativos está justo face às outras companhias de transporte do País sobre nossa cobertura”, comentam os analistas do banco Stephen Trent e Angela Lieh.
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A dupla do Citi exalta também a malha ferroviária da ALL, a qual é capaz de conectar as principais áreas agrícolas do País aos terminais de exportação no Sudeste. “Além disso, a ALL possui um importante fluxo dentro do Brasil, alguns fluxos de importação e também uma malha ferroviária na Argentina”, enaltece.
Múltiplos atrativos…
De acordo com os cálculos dos analistas do Citi, a taxa de crescimento anual do Ebitda (geração operacional de caixa) da companhia entre os anos de 2009 a 2012, deve atingir algo em torno de 12%, ao passo que o múltiplo EV/Ebitda (valor de mercado sobre potencial de geração de caixa) estimado para 2011 é de 12 vezes.
Além de considerarem o valuation bastante atrativo, Trent e Angela vêem espaço para novas surpresas positivas. “O potencial de novos projetos da companhia empresta um upside potencial às nossas estimativas”.
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…papéis baratos
Com a avaliação bastante otimista do valuation da companhia, os analistas observam um atraso dos papéis. “Em grande constraste com os nomes brasileiros de transporte, as ações da ALL perderam cerca de 30% de seu valor desde o ano passado e mais da metade desde março”, comentam. “Vemos uma desconexão nisto, considerando que o potencial operacional da companhia e seu recente ingresso ao Novo Mercado”.
Riscos
Por fim, a equipe elenca os principais riscos à companhia: impactos à produção industrial doméstica; a competição com outro país na produção de milho, soja e açúcar; bloqueios prolongados de portos; e, por último, mudanças regulatórias inesperadas.